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Terça-feira, 14 de Junho de 2016

 
     

Porto Alegre lidera ato nacional de repúdio contra uso de peles de animais

  

Cerca de 50 ativistas realizaram, no último sábado (11), um ato de conscientização sobre a exploração dos animais na indústria da moda, deixando o Largo Glênio Peres, no centro da capital gaúcha, manchado de sangue falso e coberto de peles verdadeiras

  

Juliano Rodriguez    
Manifestantes fizeram performance simulando o abate de animais para a retirada da pele


Por Gelcira Teles

O Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, ficou manchado de sangue falso e coberto de peles verdadeiras na tarde de sábado, 11, quando cerca de 50 ativistas realizaram um ato de conscientização sobre a exploração dos animais na indústria da moda. De preto, com máscaras de animais, munidos de cartazes com fotos e frases impactantes, eles fizeram uma performance simulando o abate de animais para a retirada da pele usada para confecção de roupas, calçados e acessórios.

Também foram distribuídos dois tipos de panfletos, destinados aos públicos adulto e infantil, que listam as marcas que usam materiais sintéticos, com a finalidade de conscientizar a população de que não é necessário “matar para vestir”. Idealizado pela ativista Juliana Coube, o ato de repúdio contra o uso de pele de animais, denominado “melhor nu do que com a pele que não me pertence”, foi realizado simultaneamente no Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Minas Gerais e por grupos organizados de outros estados.

Juliana teve a ideia quando participou de um evento no inverno, e ficou chocada com o número de pessoas vestidas com casacos, estolas e luvas de pele de animais. “Não aproveitei o evento, só pensava em quantas vidas foram sacrificadas por vaidade em peças desnecessárias de roupa.”

Segundo a ativista, que é vegana e não consome qualquer produto de origem animal, é preciso conscientizar que não existe necessidade de usar peles nem couro, pois existem muitas alternativas de roupas e acessórios sintéticos. “Muitas pessoas não têm noção de como os animais são mortos para retirada da pele, outras simplesmente não se importam com o sofrimento deles, muitas vezes, esfolados ainda vivos. E enquanto continuarem comprando, esse comércio cruel não vai acabar. Quem compra, financia essas mortes”, sintetiza.

Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro são os principais estados produtores de pele de chinchila, estando o Brasil na segunda colocação de exportador do mundo, perdendo apenas para a Argentina, terra natal do animal.

Segundo dados de organizações defensoras de animais e da própria indústria de peles, para fazer um casaco de pele de comprimento médio, são mortos: 125 arminhos, 100 chinchilas, 70 martas-zibelinas, 50 martas canadianas,30 ratos almiscarados,30 sariguéias, 30 coelhos, 27 guaxinins, 17 texugos, 14 lontras, 11 raposas douradas, 11 linces, 9 castores. Dezenas de outros animais são explorados pela indústria da moda, como crocodilos, jacarés, cobras, gatos, cangurus, focas, ursos, avestruzes, zebras. A indústria do couro utiliza vacas, carneiros, entre outros, e a produção de roupas para festas e fantasias, especialmente a do Carnaval no Brasil, explora penas e plumas de diversas aves.

A Vanguarda Abolicionista realizou um vídeo sobre o evento de Porto Alegre:  https://www.youtube.com/watch?v=EmUqx28jiDs
A página do evento: (https://www.facebook.com/events/167498966986426/) traz fotos, vídeos e a repercussão da manifestação na mídia.

Ativistas de todas as idades tiraram a roupa e cederam fotos para os vídeos realizados por Juliana. Veja:
EcoAgência Solidária de Notícias Ambientais

  
  
  
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