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Sábado, 03 de Dezembro de 2016

 
     

Infraestrutura é um dos principais problemas para desenvolver grandes cidades brasileiras

  

Participantes de seminário na Câmara destacaram desafio para reduzir diferenças em regiões metropolitanas: criação de agência integrada e fusão de municípios estão entre as saídas apontadas

  


Por Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados

A gestão das regiões metropolitanas e as dificuldades da mobilidade urbana foram os destaques do seminário internacional realizado nesta quarta-feira (30/11) pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara.
 
Marco Aurélio Costa, diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), destacou que embora tenham sido registrados avanços nos indicadores de desenvolvimento econômico e social entre 2000 a 2010, não houve avanço em infraestrutura, principalmente na área de saneamento.
 
Para Marco Aurélio, o Brasil perdeu uma ótima oportunidade de investir em infraestrutura urbana, o que, segundo ele, "é o gargalo que impede o desenvolvimento nacional". Ele considera que essa foi uma década perdida. 
“No que diz respeito à dimensão infraestrutura urbana, São Paulo, por exemplo, sai de um índice de 0,413 em 2000 para um índice de 0,407 em 2010. Quer dizer, depois de 10 anos, São Paulo diminui em 0,006 a sua vulnerabilidade social de infraestrutura urbana. O efeito disso a gente vê nas ruas”, afirmou.
 
Segundo o pesquisador, o principal desafio da gestão urbana no Brasil são as grandes diferenças entre os municípios, mesmo dentro de uma mesma região metropolitana. Ele também lamentou a falta de planejamento no País.
 
Agências regionais
O coordenador de Operações Setoriais do Banco Mundial, Paul Procce, sugeriu que as regiões metropolitanas criem agências regionais para gerir áreas como saneamento e transporte público, por exemplo. Ele acredita que as agências poderiam trazer mais economia e eficiência para a prestação dos serviços públicos, além de permitir parcerias com a iniciativa privada.
 
"Os municípios passariam parte do tributo deles, e também parte da tarifa iria diretamente para essas agências regionais”, afirmou. Apesar de entender que o modelo, já adotado em cidades dos Estados Unidos e em Vancouver, no Canadá, possa ser trazido para País, Procce reconheceu que é difícil convencer prefeitos a deixarem parte do orçamento e do poder de decisão para uma autoridade regional.
 
Outra solução proposta por Paul Procce foi a fusão de municípios, para gerar economia e fortalecer as administrações locais, como aconteceu em Tóquio, Madri e Toronto. Mas ele também admitiu a dificuldade política dessa proposta.
 
Mobilidade
Mario Durán-Ortiz, especialista em Desenvolvimento Urbano e Habitação do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID), alertou para os impactos do uso do automóvel, como a poluição do ar, e a dependência do petróleo. Segundo ele, em 2010 já existiam um bilhão de automóveis em todo o mundo.
 
Para resolver o problema, ele sugeriu "Evitar, trocar, melhorar". Evitar o uso de carros particulares, com a adoção de medidas como o pedágio urbano e o rodízio de placas. Trocar o transporte individual por transporte público, com implantação ou expansão de sistemas como BRT, VLT ou metrô e incentivar o uso de tecnologias que estimulam o uso compartilhado de carros e bicicletas. E melhorar os carros que já existem, com o uso de combustíveis mais limpos e medidas para diminuir a "pegada" de gás carbônico.
Agência Câmara / EcoAgência

  
  
  
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