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Hidrelétricas

Sexta-feira, 23 de Agosto de 2013

 
     

Luta dos atingidos paralisa obras em Garabi e Panambi

  

Após dois dias de mobilização famílias conquistam a paralisação das obras e continuam mobilizadas

  

MAB    


Por MAB

Depois de dois dias mobilizadas em Alecrim, no Rio Grande do Sul, famílias ameaçadas pela construção do Complexo Hidrelétrico Binacional Garabi conquistaram, no início da tarde de ontem (22), a paralisação completa de todos os trabalhos e estudos da obra.
 
A decisão é um dos itens que compõem um acordo assinado entre o Consórcio Energético Rio Uruguai e famílias ameaçadas pelas usinas. O Consórcio ainda se comprometeu em retirar, até amanhã (24), todos os equipamentos que estavam sendo utilizados nos estudos.
 
Outro compromisso assumido foi a realização de uma reunião no dia 12 de setembro no município de Alecrim, com o intuito de trazer informações sobre o projeto e ouvir a opinião da população ameaçada pelas barragens.
 
Houve diversos testemunhos dos atingidos ao representante da empresa, Luis Fernando Allegretti. Eles denunciaram as invasões cometidas em suas propriedades para a realização de estudos sem autorização. Além disso, diversas árvores foram cortadas, o que pode ser caracterizado como crime ambiental.
 
Para uma das coordenadoras do Movimento dos Atingidos por Barragens na região, essa foi a primeira conquista da organização e da luta das famílias. “Esta conquista servirá como ânimo para tocarmos novas lutas e para que as empresas entendam que as famílias atingidas merecem respeito e que não podem simplesmente invadir as propriedades. Como dizemos aqui na região, essas terras têm dono”, afirmou.
 
 
Mobilização continua
 
Mesmo após as conquistas, chegou-se a decisão em assembleia de manter as mobilizações. As famílias ficarão acampadas na região das obras, entre Lajeado Taraíra e Guabiroba, ao longo do rio Uruguai, até que o governo garanta a paralisação total da obra.
 
A assembleia contou com a presença do MAB, MST, colônia de pescadores, sindicatos, federações, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, além do vice-prefeito de Porto Mauá, Jacir Taffarel, do coordenador da pastoral sociais da Diocese, Milton Gerhardt e de assessores dos deputados Jefferson Fernandes e Elvino Bohn Gass. 
 
Leia também: 
 
Movimento Nacional dos Atingidos por Barragens - EcoAgência

  
  
  
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Autorizada a reprodução, citando-se a fonte.
 
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