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Recursos Hídricos

Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2013

 
     

Ajustes nas medições do rio para o acordo entre abastecedoras e arrozeiros

  

Atendendo recomendação do Ministério Público Estadual, Comitesinos passa a considerar, a partir do dia 4, as réguas da CPRM.

  

Castor Becker Júnior/C5 News-Press    
Plenária ocorrida esta manhã serviu para os ajustes finais


Por Castor Becker Júnior - Comitesinos

A partir da próxima segunda-feira (dia 4), o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Comitesinos) e o Departamento Estadual de Recursos Hídricos (DRH) mudam as réguas que servem de referência, no Rio dos Sinos, para o acordo entre companhias de abastecimento e agricultores sobre o bombeamento de água do rio durante a estiagem. Com isso, os dois órgãos passarão a adotar as leituras da Companhia de Pesquisas em Recursos Minerais (CPRM) nas réguas da Agência Nacional das Águas em Campo Bom e São Leopoldo. Segundo Arno Kayser, a medida acata uma recomendação do Ministério Público Estadual (MP), enviada no início de dezembro ao Comitesinos.

O documento do MP, assinado pelos promotores Alexandre Sikinowski Saltz e Ximena Cardoso Ferreira, por sua vez se baseia no relatório da avaliação técnica feita em agosto de 2012, pela ANA, nas réguas de medições do nível do Rio dos Sinos nas estações da Corsan (Campo Bom), Comusa (Novo Hamburgo) e Semae (São Leopoldo). Pelo relatório, as medições feitas nas três réguas - que até agora serviam de base para o acordo entre abastecedoras e arrozeiros - não seriam suficientemente confiáveis. Isso por problemas que vão desde a falta de um padrão de medição entre as companhias de abastecimento até o estado de conservação das réguas.

Troca

Os últimos acertos para a mudança de referência foram definidos nesta manhã, em uma reunião da Comissão Permanente de Assessoramento (CPA) do Comitesinos (que é o braço técnico da entidade). Além do presidente do Comitê, Arno Kayser, e do vice, Adolfo Klein, o encontro teve a participação do diretor de Recursos Hídricos do Estado, Marcos Mendonça, acompanhado de técnicos do Departamento e de representantes da CPRM, produtores de arroz, companhias de abastecimento e de prefeituras. Os grupo teve a apresentação de um relatório do DRH, com um estudo sobre o histórico das equivalências nas marcas entre as réguas da CPRM e as marcas informadas pelas três companhias de abastecimento, desde 2005.

Pelo comparativo, ficou decidido que o regime de intermitência no bombeamento de água para lavouras na parte alta da Bacia do Sinos será acionado sempre que o rio atingir a marca de 76 centímetros na régua de Campo Bom/CPRM (que fica junto à ponte na localidade de Barrinha) e 52 centímetros na régua de São Leopoldo/CPRM (junto ao clube de Regatas Humaitá).

Na intermitência, os arrozeiros param de bombear por 48 horas, retomam o bombeamento por outras 48 horas e param novamente pelo mesmo período, até que o rio saia do nível crítico, ou seja, acionada a parada total. Já parada total (suspensão total do bombeamento para lavouras) passa a valer quando os níveis atingirem 66 centímetros na régua de Campo Bom/CPRM ou 43 centímetros na medição em São Leopoldo/CPRM.

Regra antiga

A regra antiga considerava, para regime de intermitência, os níveis de 80 centímetros na régua da Corsan, em Campo Bom; 72 centímetros na bomba da Comusa, em Novo Hamburgo, e 60 centímetros sobre a bomba do Semae, em São Leopoldo. E, para suspensão total do bombeamento para agricultura, as marca de 70 centímetros em Campo Bom, 60 centímetros em Novo Hamburgo ou 50 centímetros em São Leopoldo.

O relatório elaborado pelo DRH em parceria com a CPRM também faz ressalvas quanto à eficácia da adoção do regime de intermitência no bombeamento para lavouras. Fato que também havia sido levantado pelos próprios arrozeiros durante as reuniões para o atual acordo, aprovado em outubro de 2010 e que repetiu a fórmula já aplicada no acordo de 2011. Conforme o presidente do Comitesinos, essas informações devem ser consideradas nas reuniões para preparar o acordo para a próxima estiagem. “O acordo atual (deliberação CBHSINOS027/2012) já acaba em março. Então, não há porque iniciar agora uma discussão que teria que gerar um novo acerto entre as partes”, ressalta Arno.

Comitesinos/EcoAgência

  
  
  
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