A Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APEDEMA) elegeu, por unanimidade, sua nova coordenação no último sábado (05/11). Participaram os representantes de 19 entidades ambientalistas do RS. A assembleia foi realizada na sede dos Amigos da Terra Brasil. A nova gestão permanecerá na coordenação até novembro de 2013. Os coordenadores eleitos são: Paulo Brack, representando o Ingá (Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais); Ana Carolina Martins da Silva, representando a Aspan (Associação São Borgense de Proteção ao Meio Ambinte) e Marcelo Pretto Mosmann, representando a UPV (União pela Vida).
Ao fim da eleição, os ambientalistas fizeram um pequeno panorama da conjuntura da luta socioambiental gaúcha. Os principais pontos frisados foram a necessidade de fortalecer ainda mais a coesão das entidades e fomentar mais espaços de problematização e de elaboração de diretrizes.
Sandra Jussara, uma das representantes da Agapan relembrou, com pesar, a destruição da sede da organização, na Semana do Meio Ambiente, e também fez um elogio à gestão da Apedema que estava saindo, formada pelas ong's Centro de Estudos Ambientais (CEA), Núcleo Amigos da Terra/Brasil (NAT/Brasil) e Instituto Biofilia.
"A discussão democrática ocorre desde a fundação da Apedema e a sua participação no movimento ambiental é histórica. Nós, da Agapan, queremos desejar à futura gestão muito sucesso e saibam que podem contar conosco. Estamos felizes que os ambientalistas estão reunidos e extremamente atentos e vigilantes ao que está acontecendo. Não tá morto quem peleia!", encerrou a ambientalista.
Paulo Brack ressaltou a importância de conscientizar a população a respeito das lutas travadas pelos ambientalistas.
"É preciso que façamos chegar ao conhecimento da sociedade a importância de se questionar o modelo de desenvolvimento adotado pelo Rio Grande do Sul. Esse modelo abrange as grandes obras, as quais envolvem grandes impactos ambientais e sociais. Além do mais, nossa matriz produtiva está baseada nas monoculturas. É fundamental que a sociedade discuta isso. Precisamos fortalecer as alternativas agroecológicas. A agrobiodiversidade tem que se tornar um tema de conhecimento público", enfatizou o professor.