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Agroecologia

Segunda-feira, 11 de Setembro de 2017

 
     

Como pode se fazer agroecologia sem as mãos e os olhares das mulheres?

  

Roda de conversa de mulheres debate a importância de incluir a questão de gênero nas estratégias de atuação dos núcleos de agroecologia

  


Por Imprensa ABA

Elas estão presentes nos quintais agroecológicos, na segurança alimentar, nos assentamentos de reforma agrária, nos sindicatos, nas cooperativas, nas feiras, nas universidades e salas de aula. No entanto, ainda é um desafio trabalhar a perspectiva de gênero nos territórios e nos espaços de atuação dos Núcleos de Agroecologia. O certo é que sem feminismo não há agroecologia.
 
Há cinco anos, essa militância e a força das mulheres começaram a ser mais reconhecidas dentro da própria Associação Brasileira de Agroecologia (ABA – Agroecologia) e dos NEAs. Ainda assim, a violência contra as mulheres persiste tanto no campo, onde predomina a estrutura patriarcal, quanto nos espaços acadêmicos, onde as mulheres reivindicam o respeito às suas falas e o reconhecimento da importância da inclusão do tema nas universidades.
 
“A violência contra a mulher é velada dentro dos núcleos, ela é institucional e simbólica”, diz Laeticia Jalil, professora da UFRPE, ao refletir sobre o silenciamento e as dificuldades de desenvolvimento de projetos que visam o empoderamento das mulheres nos espaços acadêmicos da agroecologia.
 
“As mulheres foram fortalecidas e hoje estão nas feiras; participando do Programa Nacional de Alimentação Escolar; vendendo seus doces e suas tapiocas. Elas são guardiãs de sementes, estão nos movimentos sociais e nas lutas. Mas é preciso dar protagonismo às mulheres em seus espaços de participação”, afirma Maria do Céu, agricultora do Pólo da Borborema (PB).
 
Essas reflexões foram frutos da roda de conversa de mulheres realizada no último sábado (9/9) durante o I Encontro Nacional de Núcleos de Agroecologia e integra a metodologia de sistematização de experiências adotada pela ABA. A importância de incluir a questão de gênero nas estratégias de atuação dos núcleos também fez parte de inúmeros outros momentos de debates no evento.
 
Sarah Luiza, da Marcha Mundial pelas Mulheres e do GT de Mulheres da ANA (Articulação Nacional de Agroecologia), reafirma a importância da existência de “espaços específicos para as mulheres, fortalecendo sua auto-organização. São esses espaços que elas se sentem à vontade para relatarem situações de violência, de assédio, fortalecendo a participação das mulheres nos espaços mistos de debate”.
 
Em paralelo ao esforço de levantar a importância do tema através do constante diálogo com as bases, a Rede Feminismo e Agroecologia do Nordeste também aproveita o I ENEAs para lançar a campanha “Pela Divisão Justa do Trabalho Doméstico”, um movimento que busca garantir uma realidade familiar justa para todas as mulheres. Para saber mais sobre os objetivos da campanha, clique aqui.
 
Construir uma agroecologia com igualdade de gênero deve ser objetivo central dos esforços de todos os participantes de núcleos, discutindo feminismo em um conjunto social, inclusivo e participativo. Sem feminismo não há agroecologia!
 
“Para mudar a sociedade do jeito que a gente quer,
Participando,
Sem medo de ser mulher”

 

ABA/Eco]Agência

  
  
  
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