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Desastre Ambiental

Segunda-feira, 21 de Novembro de 2011

 
     

PF intima representantes da Chevron para explicar vazamento em Campos

  

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) estima que a vazão média de óleo derramado foi de 200 a 330 barris/dia no período de 8 a 15 de novembro.

  


Por Redação da EcoAgência, com informações da Agência Brasil

O delegado da Polícia Federal Fábio Scliar, chefe da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, intimou na sexta-feira (18) pelo menos seis diretores da Chevron para depor na semana que vem sobre o vazamento de óleo na Bacia de Campos. A multinacional é responsável pela exploração de petróleo em um poço no Campo de Frade, a 183 km da costa fluminense. “Não há qualquer dúvida de que o crime ocorreu. O derramamento é oriundo da atividade de perfuração. O que me interessa agora é delimitar responsabilidades. É saber quem era o responsável. Alguns dos envolvidos estão embarcados, por isso precisamos esperar que eles sejam rendidos para que possam sair de lá.”

O delegado, que instaurou o inquérito há dois dias, também vai investigar se os equipamentos usados no Campo de Frade são obsoletos e se houve perfuração além do que estava previsto no contrato de exploração. “Na plataforma, alguém deixou escapar que haviam perfurado 500 metros a mais do que deviam e talvez seja essa a causa dessa rachadura no solo. O que gera estranheza é que eles estavam perfurando a 1,2 mil metros de profundidade e quando ocorreu o problema eles baixaram uma sonda para filmar o acontecido que não chega a 1,2 mil metros de profundidade”, explicou o delegado.

Em nota, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) informou que imagens submarinas feitas na tarde de quinta-feira (17) indicam sucesso no primeiro estágio de cimentação do poço da Chevron, que será abandonado. Segundo o texto, as imagens sugerem a existência de fluxo residual de vazamento, mas a mancha de óleo continua se afastando do litoral e se dispersando. A Chevron, também em nota, informou ontem que a empresa está adotando todas as medidas para fechar o poço, monitorando a mancha de óleo e trabalhando junto com autoridades brasileiras. A ANP estima que a vazão média de óleo derramado foi de 200 a 330 barris/dia no período de 8 a 15 de novembro. Um barril tem 159 litros. A ANP, o Ibama e a Marinha instauraram processos administrativos para investigação do vazamento.

Reincidente

A empresa Transocean, que faz os trabalhos de perfuração para a Chevron no Campo de Frade, é a mesma que operava a plataforma da British Petroleum, que explodiu no Golfo do México, causando um dos maiores desastres ambientais da história recente. Apesar do retrospecto da Transocean, o presidente da concessionária brasileira da Chevron, George Buck, disse que confia na empresa e que continuará a operar com ela no Brasil. A plataforma da Transocean explodiu e afundou em abril de 2010, no Golfo do México, deixando 11 mortos e causando grandes prejuízos. Cerca de 4,9 milhões de barris de petróleo foram derramados no mar e o vazamento durou 87 dias.

A mancha de óleo na Bacia de Campos, provocada pelo vazamento em um campo de exploração de petróleo da Chevron está diminuindo de tamanho e continua se afastando da costa. A informação é da Marinha do Brasil e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que sobrevoaram a região do vazamento, no litoral norte do Rio de Janeiro. As autoridades estimam que a mancha tem 18 quilômetros (km) de extensão e 11,8 quilômetros quadrados (km²) de área. Na terça-feira (15), a área da mancha era 13 km². No entanto, a maior parte do óleo está concentrada 1 metro abaixo da superfície do mar, e não pode ser vista no sobrevoo. Os dados de satélites, mais adequados nesse caso, indicam que no dia 14 a extensão da mancha chegava a 68 km, com cerca de 160 km² de área.

Agência Brasil/EcoAgência

  
  
  
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