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Mineração

Segunda-feira, 16 de Julho de 2012

 
     

Manifestações contra projeto mineiro Conga terminam com prisões de ativistas

  

O presidente do Peru, Ollanta Humala, e presidente da União das Nações Sul-americanas (Unasul) pediu a captura de 38 integrantes das Rondas Campesinas de Chota, em Cajamarca.

  


Por Natasha Pitts - Adital

As manifestações realizadas quinta-feira (12) em Lima e em mais dez cidades peruanas no marco da "Jornada Nacional de Luta” contra o projeto mineiro Conga, planejado para ser implantado no departamento de Cajamarca, terminaram com repressão policial e detenção de manifestantes. Apesar disso, a luta, que já tomou dimensões globais, continua e deve receber a solidariedade de pessoas do mundo todo. Por meio de uma campanha de assinaturas é possível demandar ao novo presidente do Banco Mundial que cancele o financiamento para o projeto.

As ações realizadas durante a Jornada Nacional de Luta contra Conga, convocada pela Confederação Geral de Trabalhadores do Peru (CGTP), não agradaram e o presidente do país, Ollanta Humala, e presidente da União das Nações Sul-americanas (Unasul) pediu a captura de 38 integrantes das Rondas Campesinas de Chota, em Cajamarca. Os rondeiros foram para Santa Cruz e Cumbil para participar das mobilizações. No trajeto entre uma cidade e outra pararam para dormir em suas kombis, quando de madrugada foram cercados por cerca de 300 policiais de Chiclayo que os capturaram e levaram para a Direção contra Terrorismo (Dircote).

Para prestar solidariedade e apoio aos rondeiros presos uma comissão de Direitos Humanos e um membro do Colégio de Advogados de Lambayeque foram à Dircote. Segundo denúncias de moradores de Santa Cruz e Cumbil a prisão dos rondeiros foi possível porque a polícia organizou uma armadilha.

Em Lima, as atividades da Jornada Nacional de Luta também terminaram em enfrentamentos com a polícia e com a prisão de manifestantes que subiram em monumentos históricos e escreveram frases repudiando o governo de Ollanta Humala e o projeto mineiro Conga. Quatro homens e uma mulher estão detidos na delegacia de Alfonso Ugarte aguardando para saber sua penalidade.

Os meios de comunicação locais estão acompanhando as ações a não estão dando trégua. Deixando de lado todos os prejuízos que o projeto mineiro Conga poderá causar à população de Cajamarca, a mídia tem divulgado apenas aspectos negativos das manifestações, como as palavras de repúdio escritas ontem em monumento histórico na Praça San Martín, em Lima, durante as atividades da Jornada Nacional de Luta.

De acordo com denúncias da Confederação Geral de Trabalhadores do Peru, a intenção da mídia é desinformar e confundir a população, além de diminuir o impacto das ações organizadas contra o projeto Conga e, sobretudo, proteger os interesses dos grupos de poder econômico.

Campanha internacional

A comunidade internacional de mobilização online Avaaz também entrou na luta para demandar a inviabilidade de Conga e está divulgando uma campanha a pedido das organizações Grufides, Catapa, Associación Catalana D’ Enginyeria Sense Fronteres e do Programa de Democracia e Transformação Global. A intenção é pressionar o novo presidente do Banco Mundial a cancelar o financiamento para o projeto Conga.

O apelo está sendo feito, de acordo com a Avaaz, pois a Corporação Financeira Internacional do Grupo Banco Mundial, junto com a Newmont Corporation e a Companhia Buenaventura, são acionistas da Yanacocha, executora de Conga. Os interessados em assinar a petição que será entregue ao presidente do BM podem fazê-lo pelo site do Avaaz e divulgar a ação para que outros também assinem.

Adital/EcoAgência

  
  
  
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