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Sábado, 27 de Agosto de 2016

 
     

Cidadãos e profissionais criam projeto para eliminar os venenos que comprometem nossas crianças

  

As exposições da população aos venenos ambientais são generalizadas e começam desde a fase uterina. Nenês e crianças pequenas estão especialmente sob risco de danos em razão de seus corpos e seus cérebros ainda estarem em pleno desenvolvimento.

  


Por Nosso Futuro Roubado

Cientistas proeminentes, profissionais da saúde e defensores tanto da infância como do ambiente, criam o excepcional espaço que denominam Project TENDR/Targeting Environmental NeuroDevelopmental Risks (nt.: Riscos de Ameaça Ambiental ao Neurodesenvolvimento). Congregam-se em 2015 face a preocupação crescente pelas novas evidências científicas conectando substâncias químicas ambientais tóxicas (toxic environmental chemicals) a desordens do e no desenvolvimento do sistema neurológico tais como desfunções gerando o espectro do autismo, deficit de atenção, hiperatividade, deficiência intelectual e desordens no aprendizado.

As exposições da população a estes químicos são generalizadas e começam desde a fase uterina. Nenês e crianças pequenas estão especialmente sob risco de danos em razão de seus corpos e seus cérebros ainda estarem em pleno desenvolvimento. Além disso, estas substâncias ainda podem interferir com processos biológicos sensíveis durante períodos críticos do desenvolvimento humano.


No dia 1° de julho de 2016, o Projeto TENDR está liberando uma Proclamação Consensual como um Brado à Ação Nacional (Consensus Statement as a national Call To Action) para redução drasticamente as exposições aos químicos e poluentes (chemicals and pollutants) que estão contribuindo às desordens no desenvolvimento neurológico das crianças na América do Norte.


O TENDR é liderado como co-diretoras, Maureen Swanson, líder do Healthy Children Project da Learning Disabilities Association of America e Irva Hertz-Picciotto, professora de epidemiologia e saúde ambiental junto à Universidade da Califórnia, campus de Davis, no Departamento de Ciência de Saúde Pública.


O Projeto TENDR é generosamente apoiado por John Merck Fund, Passport Foundation, Ceres Trust e o National Institute for Environmental Health Sciences.


Químicos & Poluente
Exemplos Primordiais de Químicos e Poluentes

Tóxicos ao Desenvolvimento do Cérebro
Estes químicos e poluentes extraordinários contribuem para às  deficiências de aprendizado, intelectual e comportamental das crianças e que inclui:

Agrotóxicos organofosforado (Organophosphate (OP) pesticides);

Éteres de difenila polibromados – retardadores de chamas – (Polybrominated diphenyl ether (PBDE) – flame retardants);

Poluentes relacionados com a combustão que inclui os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, o dióxido de nitrogênio e os particulados (Combustion-related air pollutants, which include polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs), nitrogen dioxide and particulate matter);

Chumbo (Lead);

Mercúrio (Mercury);

Policlorados bifenilos (Polychlorinated Biphenyls/PCBs);

Ftalatos (*Phthalates). 

*Os ftalatos estão identificados na Consensus Statement como um exemplo extraordinário de substâncias químicas com interesse emergente quanto ao desenvolvimento cerebral.

Ftalatos

(nt.: por que escolhemos os ftalatos como destaque aqui nesta tradução? Simplesmente porque ele está na maioria dos plásticos que usamos no cotidiano e nos produtos de criança como brinquedos e roupas tipo poliéster que tem no seu processo um estágio que se usa esta molécula!)

O que são os ftalatos?

São substâncias químicas sintéticas com altíssima produção global (nt.: também está entre as substâncias que se denomina de plastificante ou aditivo que são misturadas às resinas plásticas para se ter alguma característica de mercado), empregado em ampla gama de produtos, incluindo materiais de construção, embalagens e produção de alimentos, utensílios médicos, produtos de higiene pessoal tais como cosméticos e outros produtos de consumo. Estima-se que se produza 4,9 milhões de toneladas de ftalatos anualmente em todo o globo.

Quais as principais vias de acesso do ftalato aos corpos humanos, destacando os das mulheres grávidas e das crianças?

Já que são vasta e amplamente utilizados em materiais que entram em contato com os alimentos tanto durante o processamento como nas suas embalagens apropriadas, além de vários produtos de consumo, praticamente todos os cidadãos dos Estados Unidos como os do restante do mundo, estão expostos, diuturnamente, a uma mistura de substâncias da família dos ftalatos. Os ftalatos literalmente atravessam a placenta durante a gravidez, resultando numa contaminação de feto em desenvolvimento. As crianças estão expostas pela alimentação, pelos brinquedos, produtos de cuidado pessoal e outros itens de seu consumo, ficando totalmente expostas como são os adultos.

Quais são os efeitos dos ftalatos sobre o desenvolvimento cerebral das crianças?

Pesquisas humanas têm conectado a exposição pré-natal a alguns ftalatos, a alterações no neurodesenvolvimento de crianças. Efeitos vistos são: Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade/TDAH (nt.: em inglês Attention Deficit Hyperactivity Disorder/ADHD) – como processos comportamentais, problemas de conduta e agressividade, como também depressão e outros comportamentos intimistas. E agrega-se que às exposições pré-natal têm sido associadas deficit dos QIs infantis, memória de trabalho e funções executivas, como também com problemas nas regulações emocionais. Em um amplo estudo feito com a população da Suécia, a presença de piso no assoalho feito de PVC no quarto dos pais, conhecida fonte de contaminação por ftalatos, estava associada ao autismo.

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, julho de 2016
Nosso Futuro Roubado

  
  
  
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Autorizada a reprodução, citando-se a fonte.
 
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