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Amazônia

Quinta-feira, 27 de Outubro de 2011

 
     

Limite próximo

  

Amazônia está muito próxima de um ponto de não retorno para sua sobrevivência, diz Thomas Lovejoy, da George Mason University, no simpósio internacional Fapesp Week.

  

JVInfante Photography/Wilson Center    
Thomas Lovejoy


Por Agência Fapesp

A Amazônia está muito próxima de um ponto de não retorno para sua sobrevivência, devido a uma combinação de fatores que incluem aquecimento global, desflorestamento e queimadas que minam seu sistema hidrogeológico. A advertência foi feita por Thomas Lovejoy, atualmente professor da George Mason University, no Estado de Virgínia, EUA, no primeiro dia do simpósio internacional FAPESP Week, em Washington, nesta segunda-feira. O biólogo Lovejoy, um dos mais importantes especialistas em Amazônia do mundo, começou a trabalhar na floresta brasileira em 1965, “apenas três anos depois da fundação da Fapesp”, lembrou.

Apesar de muita coisa positiva ter acontecido nestes 47 anos (“quando pisei pela primeira vez em Belém, só havia uma floresta nacional e uma área indígena demarcada e quase nenhum cientista brasileiro se interessava em estudar a Amazônia; hoje esse situação está totalmente invertida”), também apareceram no período diversos fatores de preocupação. Lovejoy acredita que restam cinco anos para inverter as tendências em tempo de evitar problemas de maior gravidade. O aquecimento da temperatura média do planeta já está na casa de 0,8 grau centígrado. Ele acredita que o limite aceitável é de 2 graus centígrados e que ele pode ser alcançado até 2016 se nada for feito para efetivamente reduzi-lo.

O objetivo fixado nas mais recentes reuniões sobre o clima em Cancun e Copenhague de limitar o aumento médio da temperatura média global em 2 graus centígrados pode ser insuficiente, na opinião de Lovejoy, devido a essa conjugação de elementos. De forma similar, Lovejoy crê que 20% de desflorestamento em relação ao tamanho original da Amazônia é o máximo que ela consegue suportar e o atual índice já é de 17% (em 1965, a taxa era de 3%).

A boa notícia, diz o biólogo, é que há bastante terra abandonada, sem nenhuma perspectiva de utilização econômica na Amazônia e que pode ser de alguma forma reflorestada, o que poderia proporcionar certa margem de segurança. Em sua palestra, Lovejoy saudou vários cientistas brasileiros como exemplares em excelência em suas pesquisas. Entre outros, Eneas Salati, Carlos Nobre e Carlos Joly.

 

Agência Fapesp/EcoAgência

  
  
  
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Autorizada a reprodução, citando-se a fonte.
 
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