O Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul lamenta a decisão arbitrária da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul quanto à demissão da Professora Doutora Isabel Cristina de Moura Carvalho, ocorrida no dia 13 de julho. São diversas as contribuições da pesquisadora para o campo da Educação Ambiental, para a Ética da Pesquisa em Educação e para as Ciências Sociais de forma geral. Isabel é Doutora em Educação, líder do Grupo de Pesquisa "SobreNaturezas: Epistemologias Ecológicas" e vice-líder do Grupo de Pesquisa "Pesquisa em Educação: Ofício, artesanato e illusio". Entre as centenas de produções em seu currículo, de artigos em periódicos a capítulos de publicações, está o livro "Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico", com seis edições lançadas.
Consideramos que a medida prejudica não somente uma profissional de trajetória ímpar, referência no Brasil e no mundo, suas orientandas, orientandos e colegas; configura-se, na realidade, em ameaça à pesquisa científica desenvolvida em nosso país, pois evidencia o risco da descontinuidade de trabalhos fundamentais para a compreensão do ambiente, da sociedade e, portanto, para a formação cidadã dos sujeitos. Vemos com preocupação o contexto de desmantelamento do Ensino Superior ao qual tal decisão está arraigada. Universidades privadas demitem docentes, universidades públicas sofrem com corte de verbas. Esse processo interfere na formação dos estudantes universitários e impacta diretamente a educação básica, etapa de ensino dependente dos profissionais oriundos das instituições de nível superior.
Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul
Porto Alegre, 20 de julho de 2017.
Acesse o relato da Profa. Dra. Isabel Cristina de Moura Carvalho.
Saiba mais:
Petição de repúdio à demissão