O Banco Mundial anunciou, nesta terça-feira, duas novas iniciativas financeiras para ajudar os países menos desenvolvidos a aceder a financiamento de investimentos e de redução de carbono. O objetivo é facilitar a entrada no mercado do carbono a partir de 2012.
Trata-se da iniciativa de Dióxido de Carbono para o Desenvolvimento, Ci-Dev, e da terceira tranche do Fundo de BioCarbono, BioCF T3, que foram apresentadas durante a Conferência de Pares sobre a Mudança Climática, em Durban, na África do Sul.
Agricultura e Energia
De acordo com a vice-presidente do Banco Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, Rachel Kyte, estas iniciativas que “enfocam a agricultura e o acesso a energia, vão reforçar ligações aos mercados para as comunidades mais pobres do mundo, assim como o fluxo de financiamento para ações no terreno.”
Com os novos instrumentos financeiros do carbono, os países clientes podem adquirir certificados de redução de emissões, a que se chama “créditos de carbono”, através de projetos como a reflorestação na República Democrática do Congo, carbono de solo no Quénia, e resíduos sólidos urbanos no Uganda. Projetos que ajudam a acelerar o acesso a energia em alguns dos países mais pobres do mundo.
A iniciativa do BioCarbono visa trabalhar durante sete anos nos projetos de reflorestação e de agricultura associados a co benefícios como a diminuição da erosão do solo e o aumento da fertilidade das terras.
O Banco Mundial é fiduciário de 12 fundos e estruturas de carbono capitalizados em US$2,7 mil milhões. São esses fundos e estruturas que apoiam cerca de 174 projetos no ativo, que devem conseguir uma redução de emissões de gases de efeito estufa de um valor aproximado a 220 milhões métricos de toneladas de dióxido de carbono.