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Educação Ambiental

Sexta-feira, 12 de Novembro de 2021

 
     

"A Virada nas Feiras Ecológicas: Como fazer do lixo uma solução"

  

Titulo do projeto que inicia neste sábado (13), através do qual as feiras ecológicas da José Bonifácio, vão promover a reflexão sobre a forma como os frequentadores se relacionam com os resíduos (mais conhecidos como lixo)

  


Por Anahi Fros* - Elson Schroeder**

Partindo da perspectiva que não existe a alternativa de “jogar o lixo fora”, uma vez que todo resíduo gerado permanece no nosso planeta, gerando impacto no meio ambiente e em todos os seres vivos, as Feiras Ecológicas da Redenção (FAE – Feira de Agricultores Ecologistas e FEBF – Feira Ecológica do Bom Fim) serão palco do início de uma ação contínua que visa promover a melhoria na gestão de resíduos nas residências de seus consumidores. O trabalho será realizado através de uma parceria da FAE, FEBF, Movimento Lixo Zero Porto Alegre, Associação Agroecológica e a ASCAT – Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis da Cavalhada. Para 2022 existe a expectativa de estender a ação para outras feiras ecológicas da capital gaúcha.

A meta é gerar reflexão nos frequentadores das feiras ecológicas sobre o impacto dos seus hábitos na problemática do lixo e mostrar a importância de alternativas simples e eficientes que tratem tanto os resíduos orgânicos quanto aquilo que pode ser reciclável. “Práticas como minhocários, mesmo em apartamentos, e o manejo e descarte corretos do resíduo reciclável são atitudes ecológicas e cidadãs. E se cada um fizer a sua parte teremos um enorme impacto positivo para toda a humanidade”, diz Paula Moletta, embaixadora do Movimento Lixo Zero Poro Alegre.

Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) o país recicla hoje apenas 2,1% do total de resíduos coletados. A meta estabelecida pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é que este percentual chegue a 20% do material coletado em 2040. “Mas para que isso ocorra é preciso melhorar muito a forma como o material chega nos galpões de reciclagem, pois grande parte do que recebemos precisa ser descartado por estarem, por exemplo, sujos. E aí não tem como aproveitar”, afirma Alex Cardoso, da ASCAT. “E isso tem duas consequências: mais lixo poluindo o planeta e menos gente podendo viver de forma digna a partir do seu trabalho de catador”.

Projeto
O projeto que inicia neste sábado, 13/11, se chama “A Virada nas Feiras Ecológicas – como fazer do lixo uma solução”. Ele inicia com um momento para conectar a agroecologia com a gestão dos resíduos, levando para a Avenida José Bonifácio rodas de conversa dos frequentadores das feiras com integrantes da Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis da Cavalhada (ASCAT) e embaixadoras Lixo Zero.

Em pauta a geração e correta separação e coleta de materiais recicláveis para a garantia de renda dos catadores e a colaboração da sociedade na restauração dos ecossistemas e minimização dos problemas gerados por lixões e aterros sanitários. As feiras estarão sinalizadas com fardos de materiais devidamente identificados indicando visualmente o tamanho do problema gerado para o planeta, dentro da ideia de que “não existe fora”, do ponto de vista do rejeito.
 

Serviço:
O que: "A Virada nas Feiras Ecológicas – Como fazer do lixo uma solução"
Quando: 13 de novembro, sábado, 7h às 13h
Roda de Conversa: 10h às 11h, na Banca do Meio (FAE)
Local: Feiras Ecológicas da Redenção (Av. José Bonifácio em Porto Alegre)

Dados do lixo e reciclagem no Brasil
• Em 2019 o brasileiro produziu 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos, um aumento de 18% em relação a 2010 (1).
• Este volume é equivalente à geração de 379 quilos de resíduos por ano (1).
• Dos resíduos coletados, apenas 2,1% é reciclado (2).
• Os hábitos dos consumidores estão diretamente relacionados à baixa reciclagem, pois materiais recicláveis sujos ou em meio a alimentos inviabiliza o seu aproveitamento.
• Aproximadamente 30% dos resíduos sólidos descartados possui valor agregado e potencial para poder retomar à cadeia de produção como matéria prima (3).
• Em 2018 apenas 18% da população era contemplada com coleta seletiva e a grande maioria encontra-se na região Sul e Sudeste (4).
• No Brasil uma parte importante da coleta dos recicláveis vem dos catadores. Essa profissão é reconhecida desde 2002 no Brasil pelo Ministério do Trabalho e Emprego, e de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO, estima-se que exista entre 400 a 600 mil catadores. Mas há um número elevado de autônomos dispersos nas ruas e em lixões à procura de materiais recicláveis.
• 66% da população sabe pouco ou nada sobre coleta seletiva e 39% não separam o lixo (5).

1. Estudo Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil 2020, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe)
2. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS)
3. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais –  ABRELPE
4. Compromisso Empresarial para Reciclagem – CEMPRE
5. Pesquisa do Ibope de 2018

 

 

* Anahi Fros (Feira Ecológica do Bom Fim)
** Elson Schroeder (Associação Agroecológica)

 

 

 

 

EcoAgência

  
  
  
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