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Agrotóxicos

Domingo, 02 de Junho de 2013

 
     

Banimento de agrotóxicos na pauta da soja responsável

  

 Representantes de 15 países discutiram, na China, o banimento do Paraquate e do Carbofuran, dois agrotóxicos usados na produção de soja, considerados nocivos para o meio ambiente e para a saúde humana e já proibidas em algumas regiões do globo. 

  

WWF/Sérgio Amaral    
Soja no Cerrado


Por WWF Brasil

O banimento dos agrotóxicos Paraquate e do Carbofuran, maior participação de varejistas europeus e o papel da China no mercado global de soja foram assuntos de destaque no oitavo encontro anual da Mesa Redonda sobre Soja Responsável (RTRS, sigla em Inglês de Round Table on Responsible Soy), encerrado esta semana em Beijing.

A primeira conferência da RTRS na China foi uma oportunidade para as empresas de maior importador mundial de soja se engajar em um diálogo sobre soja responsável, fazendo ligações entre a preocupação da China para a qualidade dos alimentos, a segurança e a sustentabilidade da produção de soja. Participaram mais de 200 pessoas de 15 países, incluindo produtores, processadores, comerciantes, varejistas e organização não-governamentais da área ambiental e social.

Paraquate e Carbofuran são dois agrotóxicos usados na produção de soja, considerados nocivos para o meio ambiente e para a saúde humana e já proibidas em algumas regiões do globo. No encontro, foi decidido que até 2017 essas substâncias não deverão ser mais usadas pelos membros da RTRS. Todavia, o banimento do Paraquate poderá ser adiado caso não surjam alternativas menos tóxicas ou economicamente viáveis.

O WWF esperava que a data limite para banimento desses químicos fosse definida para 2015 e pede a criação de um grupo que acompanhe a questão dos agrotóxicos junto à RTRS.

Outra novidade é de que a Mesa passa a contar agora com mais nove varejistas da União Européia, o segundo maior mercado de importação do mundo para soja sul-americana – Ahold, Asda, Delhaize, Federation of Migros Cooperatives, Marks & Spencer, The Co-operative Food, Coop, Sainsbury’s and Waitrose. Isso trará mais mercado de soja certificada RTRS para agricultores da América do Sul.

Um mapeamento feito no Brasil para orientar a expansão da soja responsável e proteger as florestas nativas, áreas prioritárias para conservação e áreas de alto valor de conservação aguarda aprovação pelo Comitê Executivo da RTRS Poe inspirar ação semelhante no Paraguai, a partir deste ano.

"Estou muito otimista sobre o futuro dos padrões de sustentabilidade como os da RTRS na China", disse Li Nan, chefe de Transformação de Mercados do WWF-China. "O WWF apela a empresas chinesas para aproveitar a oportunidade oferecida pela RTRS, não só para atender às exigências do governo chinês para a legalidade, mas também para garantir o fornecimento de longo prazo de soja com melhor qualidade”, disse.

A RTRS foi criada em 2006 na Suíça e é uma iniciativa com mais de 150 membros (produtores, processadores, comerciantes e fabricantes de alimentos e ração à base de soja, bem como organizações da sociedade civil) dedicados à criação de um mercado mundial de soja certificada, baseado em critérios como respeito aos direitos dos proprietários da terra, comunidades locais, trabalhadores, pequenos produtores e suas famílias. Tais diretrizes exigem, ainda, que produtores adotem melhores práticas de manejo para minimizar os impactos dos cultivos.
WWF Brasil - EcoAgência

  
  
  
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