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Segunda-feira, 26 de Setembro de 2011

 
     

ONU lamenta morte da ambientalista e Prêmio Nobel, Wangari Maathai

  

Professora queniana e primeira africana a receber o Nobel, Maathai morreu, no domingo, vítima de câncer; movimento ecológico, iniciado por ela, plantou 30 milhões de árvores.

  

Wangari Maathai era Mensageira da paz das Nações Unidas desde 2009


Por Eleutério Guevane - Rádio ONU

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, emitiu um comunicado, nesta segunda-feira, expressando pesar pela morte da ambientalista do Quênia, Wangari Maathai. A professora e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz morreu de câncer no domingo, aos 71 anos, em Nairóbi, capital do país. Wangari Maathai foi a primeira mulher da África a receber o Prêmio Nobel, em 2004. Nesta visita às Nações Unidas, ela falou sobre o significado da distinção para ela.

A ambientalista afirmou que Nobel da Paz realçava que a preocupação com a maioria das pessoas deveria ser generalizada e os recursos geridos de forma sustentável. Maathai afirmou que os recursos devem ser partilhados de forma igual, não permitindo que poucos se beneficiem. E alertou que a situação poderia causar conflitos. Wangari Maathai ficou conhecida no mundo pela sua luta de conservação das florestas e do meio ambiente. Ativista, ela fundou o movimento Cinturão Verde, ainda na década de 70, no Quênia, uma iniciativa que plantou 30 milhões de árvores. Nos últimos anos, ela estava ajudando a ONU com o projeto de plantar 1 bilhão de árvores.

Cinco anos após receber o Nobel, Wangari Maathai tornou-se Mensageira da Paz das Nações Unidas a convite do Secretário-Geral, Ban Ki-moon. Além disso, ela defendia os direitos das mulheres e a democracia. A professora queniana estudou Biologia nos Estados Unidos e medicina veterinária na Alemanha, antes de receber o seu doutorado, no Quênia. De acordo com a biografia de Wangari Maathai na página do Instituto Nobel, ela foi a primeira mulher na África Oriental e Central a receber o grau de doutoramento na Universidade de Nairobi, em 1971.

Trajetória

A professora Wangari Muta Maathai nasceu em 1º de abril de 1940, no vilarejo de Ihithe, no distrito de Nyeri, no Quênia. Filha de um trabalhador de fazendas, na época em que o país ainda era uma colônia britânica. Pertencia à etnia Kikuyu, considerada a maior do país do leste da África. Aos 20 anos, Maathai deixou sua terra natal para estudar Biologia em Kansas, nos Estados Unidos. Ela permaneceu no país para obter o mestrado na mesma área. No fim da década de 60, Wangari Maathai recebeu uma bolsa de estudos da Alemanha onde estudou como parte de seu doutorado em anatomia veterinária.

Ao retornar ao Quênia para completar seus estudos, Wangari Maathai, foi contratada como professora assistente da Universidade de Nairóbi. Não demorou muito para se tornar uma ativista ambiental fundando o movimento “Cinturão Verde” que ajudou a plantar 30 milhões de árvores no país. E da luta ambiental, Maathai passou a defender também os direitos das mulheres e a democracia. Em um dos protestos, ela chegou a ser presa pela polícia queniana. Em 2002, se candidatou ao Parlamento do país e foi eleita com 98% dos votos.

Prêmios

Dois anos depois, a ambientalista queniana chamou a atenção do mundo ao receber o Prêmio Nobel da Paz, a primeira mulher africana a fazê-lo. Naquele mesmo ano, vieram outros prêmios como o alemão Petra Kelly para o Meio Ambiente o J Sterling Morton. Em 2009, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon convidou Wangari Maathai para se tornar Mensageira da Paz das Nações Unidas passando integrar uma lista composto por astros de Hollywood como os atores George Clooney e Michael Douglas.

Ainda nas Nações Unidas, Maathai participou do Conselho Diretor sobre Desarmamento, fez a campanha dos embaixadores cidadãos e foi uma presença ativa nas iniciativas do Pnuma, cuja sede fica em Nairóbi, capital do Quênia. Ultimamente, ela fazia parte da Conselho Diretor sobre as Metas do Milênio, uma agenda para erradicar ou diminuir males sociais até 2015.

Rádio ONU, parceira da EcoAgência

  
  
  
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