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Por Indaia EmÃlia - SEAE Mais de 700 pessoas participaram da Audiência Pública de Revisão do Plano Diretor de Embu das Artes realizada ontem (19/3), às 19h, na Escola Municipal Valdelice Aparecida de Medeiros Prass, no Parque Pirajussara. O debate acalorado que terminou por volta da 1 hora mostrou que a população da cidade está dividida: enquanto alguns defendem indústrias e logística na Zona de Interesse Ambiental, área que corresponde a quase 40% do município, outros indicam que a cidade tem outras opções e que deve fazer escolhas que assegurem a preservação do patrimônio ambiental do município, garantindo qualidade de vida para todos. O Prefeito Chico Brito (PT) ouviu a população, mas disse que “o poder executivo encerra o seu processo de discussão do Plano Diretor hoje. Aquilo que não ferir as diretrizes da nossa proposta, nós vamos acolher, e quinta-feira, no máximo, nós estaremos protocolando a nossa proposta na Câmara Municipal de Embu”.
Carlos Nobre, climatologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e coordenador do Programa Brasileiro de Pesquisas e Mudanças Climáticas do Ministério de Ciência e Tecnologia se pronunciou, dizendo que “as matas de Embu são vitais para a segurança alimentar, social, saúde, água e moradia das populações de Embu e da Região Metropolitana de São Paulo. Contudo, a revisão do Plano Diretor de Embu condena esse patrimônio com irregularidades e inverdades. A imposição de indústrias e corredores empresariais, diferentemente do que a administração diz, condenará os maciços florestais de Mata Atlântica ao seu extermínio.
A eliminação dos maciços florestais significa uma ameaça a toda a população, afetando principalmente as classes menos favorecidas. A Minuta de Revisão do Plano Diretor é criminosa, pois prejudica aqueles que deveria proteger. A Minuta da Revisão ignora os efeitos do clima na sociedade e com isso declaro o documento de revisão do Plano Diretor insuficiente no que tange ao clima e falso no capital arbóreo do município”.
SEAE/EcoAgência
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