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Artista plástica Zoravia Bettiol apresentou as propostas do MUSA |
Por Sarah Bueno Motter , para EcoAgência de NotÃcias Ambientais As atuações educativa, histórica e artística. Esses são os três eixos do Museu das Águas de Porto Alegre (MUSA). A informação é da artista plástica Zoravia Bettiol que proferiu, na última terça-feira (2), palestra no projeto Terça Ecológica, no auditório 2 da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico) da UFRGS, em Porto Alegre. A palestra foi promovida pelo Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ/RS) de maneira integrada à semana acadêmica do Centro Acadêmico de Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia da UFRGS, e também à XIX Semana Interamericana da Água e XII Semana Estadual da Água.
Zorávia começou a apresentação salientando a missão do MUSA: “ser um espaço de convivência, de conscientização da sociedade e de construção de conhecimento, através da criação, produção e fruição de arte nas suas múltiplas manifestações, valorizando e promovendo a cultura, o ambiente e a história dos usos das águas e constituindo-se em instrumento de Gestão de Recursos Hídricos.”
A artista plástica evidenciou diversos usos que a água tem na sociedade. Agricultura, tratamento, captação, pesca, piscicultura, abastecimento, garimpo, lazer, turismo. Para ela é essencial que as crianças tenham consciência da utilização que água recebe pelo homem. “O conhecimento é importante que surja na mais tênue idade”, salienta.
O eixo histórico do Museu revela momentos que a humanidade viveu que envolvem a água, como as grandes navegações e a construção dos aquedutos romanos. Em Porto Alegre, por exemplo, poucos sabem que o Mercado Público foi um ancoradouro. Fato marcante que a capital gaúcha experienciou envolvendo a água foi a enchente de 1941, da qual ainda vemos o seu reflexo no cotidiano, por meio do muro da avenida Mauá. O MUSA, dessa maneira, também pretende ser um memorial para a preservação e conhecimento de documentos, artefatos e testemunhos dos diversos usos da água.
O eixo artístico abarca obras que tem a água como elemento da arte. Esse eixo é muito abrangente, inclui as artes visuais, literatura, música, teatro, cinema, escultura. Alguns exemplos citados por Zorávia foram o livro Vinte Mil léguas Submarinas, a música Águas de Março, o filme Cantando na Chuva e a obra Iemanjá abandona os mares da própria artista. Nesse sentido, o MUSA vai manter e expor acervo de obras visuais e promover exposições, concursos, espetáculos, teatro, música, dança, cinema, literatura e publicações.
A idéia de criação do Museu das Águas nasceu, em 2004, no II Fórum Internacional das Águas. O projeto criou corpo em 2009, por meio do Comitê Multidisciplinar de Planejamento Urbanístico da Orla do Guaíba, sendo criado um Grupo de Trabalho específico para o desenvolvimento do tema. No dia 22 de março deste ano, diversas entidades formalizaram apoio à iniciativa constituindo a Comissão Pró-Museu das Águas de Porto Alegre. Entre elas estão a ABES RS, AGAPAN, Associação Riograndense de Artes Plásticas Chico Lisboa, Governo do Estado do RS, Prefeitura Municipal de Porto Alegre, DMAE e UFRGS.
O Museu ainda não possui lugar definido para sua construção, antes disso é preciso que técnicos de diversas áreas avaliem as condições do melhor local para a sua edificação. A ideia é que ele seja um ícone da Orla do Guaíba, como o Gasômetro e a Fundação Iberê Camargo. A decisão do local que será o MUSA está nas mãos do poder público, Zorávia aponta uma certa lentidão no processo devido a isso, e salienta “quanto mais pessoas conhecerem, mais pressão para sua efetivação”.
A Terça Ecológica é um evento do Núcleo de Ecojornalistas do RS, que conta com o patrocínio do Banrisul.
Conheça os sites do MUSA:
http://museudasaguasdeportoalegre.wordpress.com/
http://www.facebook.com/pages/Museu-das-Aguas-de-Porto-Alegre-MUSA/277254172393849?ref=stream.
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