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Projeto Ambientalistas do Sul

Terça-feira, 24 de Agosto de 2021

 
     

Pela saúde e pela natureza: conheça a luta contra os agrotóxicos liderada pelo Instituto Os Guardiões da Natureza

  

A presidente da instituição, Vânia Mara Moreira dos Santos, conta sobre seu trabalho de cuidado ambiental em Prudentópolis-PR

  


Por Eloisa Beling Loose - especial para a EcoAgência

Diferente de grande parte das organizações ambientais, o Instituto Os Guardiões da Natureza (ING) está sediado em um município pequeno do estado do Paraná. Prudentópolis, localizado na parte central do estado, no caminho entre Curitiba a Foz do Iguaçu, é um município basicamente agrícola e a maioria das pessoas ainda vive no interior. Na época do surgimento do ING, em 1998, estava se iniciando uma mudança na cultura agrícola da região, do sistema faxinal para outro, baseado no uso intensivo dos agrotóxicos a partir da expansão da Revolução Verde.

A advogada e presidente do ING, Vânia Mara Moreira dos Santos, relata o conflito existente nesse período e como iniciou a propagar a agricultura biodinâmica e a conservação da natureza em resposta aos prejuízos percebidos na comunidade. Em Prudentópolis foi identificado um número grande de suicídios associados ao sistema de produção dependente de veneno.

Vânia lembra que os residentes da cidade quase não têm contato com o debate sobre os agrotóxicos, porque é o agricultor quem mais sofre com as consequências do manejo desses químicos, seja com problemas de saúde, seja com a perda de recursos naturais. “Temos menos fiscalização, menos informações e menos estudos para identificar os problemas”, afirma a ambientalista. Além disso, pontua que a maioria das ONGs da capital não traziam essa discussão, afinal a realidade é outra. Contudo, o ING sustentou a luta e a levou para o Conselho Estadual de Meio Ambiente.

A proposta do ING é mostrar que é possível obter renda preservando o meio ambiente, embora seja difícil conectar os impactos das intoxicações no interior, quando as pessoas não param de trabalhar para ir ao médico e o próprio sistema de saúde encontra dificuldades para detectar as causas do problema.

“Não é tarefa fácil, mesmo hoje”, desabafa Vânia, informando que as fumageiras possuem toda uma estrutura que isola os produtores, deixando-os vulneráveis a aceitarem suas condições; mas, quando ficam doentes, os trabalhadores rurais são descartados porque perdem sua capacidade de trabalho. Essa história foi documentada e pode ser assistida aqui: https://portal.fiocruz.br/video/o-diagnostico.

Na entrevista concedida à série “Ambientalistas do Sul”, Vânia Mara Moreira dos Santos fala sobre os desafios de defender o meio ambiente e mobilizar mais pessoas, especialmente em regiões altamente dependentes da atividade agrícola. Também ressalta que o ING desenvolveu trabalho para proteger as pessoas, afinal elas são parte do meio ambiente – e não donas dele. Confira o episódio gravado no dia 17 de junho de 2021 aqui: https://youtu.be/P8QhoGOTQHU.

Esta série de entrevistas é uma iniciativa é da EcoAgência de Notícia Ambientais, com o apoio do Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ-RS) e o Grupo de Pesquisa Jornalismo Ambiental (GPJA) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Conheça outros ambientalistas da Região no Sul por meio do canal no YouTube da EcoAgência. Inscreva-se já para receber as notificações dos próximos capítulos da série!  

 

 

 

 

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