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Sexta-feira, 24 de Junho de 2022

 
     

Mudanças Climáticas afetarão a pesca no estuário da Lagoa dos Patos (RS)

  

Os impactos que atingirão os rios, os estuários e a vida aquática certamente serão refletidos na atividade pesqueira na qual essa população trabalha e na produção de alimentos para as pessoas

  


Por PELDCOM

Pescadores que trabalham na região onde o projeto de pesquisa de longa duração Estuário da Lagoa dos Patos e Costa Adjacente (PELD ELPA), no Rio Grande do Sul, verão a produção da pesca alterar com o aumento do aquecimento global. As pesquisas mostram que as alterações no clima provocarão mudanças na água, nos alimentos e na reprodução dos pescados. Os efeitos das mudanças climáticas afetam a biologia das espécies pesqueiras no ELPA e, consequentemente, toda a cadeia produtiva da pesca, atividade que emprega cerca de 52,5 mil pessoas direta e indiretamente neste setor produtivo.

No primeiro semestre de 2013, a pesca artesanal no estuário da Lagoa dos Patos teve registrada uma produção total de aproximadamente 1.163 toneladas, o que corresponde a 14% do total registrado no período para pesca artesanal  e industrial. Esta informação é do relatório técnico oficial comunicado ao antigo Ministério da Pesca e Aquicultura, realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). 

Relatório Técnico do Gerenciamento Costeiro,  (Tatiana Walter et al. 2014:3), em 2010, a produção de pescado oriundo da pesca extrativa no Rio Grande do Sul foi de 31.218,9 toneladas, ou seja, 36,2% da produção total de pescado no país (MPA, 2012). São 17.319 pescadores e pescadoras artesanais cadastrados (as) no Registro Geral de Pesca em2011, sendo 6.810 (39,3%) da área de estudo (Lagoa dos Patos).

Os impactos que atingirão os rios, os estuários e a vida aquática certamente serão refletidos na atividade pesqueira na qual essa população trabalha e na produção de alimentos para as pessoas.

Os efeitos

O ELPA faz parte do Sistema Costeiro Marinho e a parte terrestre está inserida no Bioma Pampa. Uma parte da grande bacia de drenagem do ELPA nasce no Bioma Mata Atlântica. 

A previsão sobre os impactos das mudanças climáticas para a região sul do país são de aumento da temperatura e precipitação (chuvas). As águas doces correrão para os rios até o estuário e provocará a redução da salinidade média do estuário, com aumento da turbidez e nível da água.

Dependendo da escala destas mudanças, tais alterações possuem efeitos negativos que já foram observados. As pradarias submersas, locais onde os peixes, crustáceos e moluscos encontram alimento, diminuirão e as macroalgas, responsáveis pela “maré verde”, aumentarão.

“Tais alterações repercutem negativamente na abundância de algumas espécies de invertebrados e peixes que utilizam estes habitats vegetados como proteção e alimento, incluindo espécies pesqueiras de importância econômica local como a corvina, a tainha e o camarão-rosa”, informam os cientistas do PELD ELPA.

“Nossos estudos também demonstraram que em salinidades menores, a condição fisiológica de larvas de peixes piora, o que pode comprometer o recrutamento de espécies de interesse comercial”.

Por outro lado, o aumento das chuvas e descarga fluvial pode acarretar um aumento na riqueza de espécies de peixes que poderão ser “arrastadas” ao estuário pelas correntezas dos rios quando enchem por causa dos temporais. Espécies diferentes das atuais poderão se estabelecer no estuário. Continue a leitura no sitedo PELD.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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