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Sexta-feira, 09 de Abril de 2010
  
Carência na formação

Necessitamos contar com áreas de discussão e intercâmbio de informação e ideias inovadoras para repensar o conceito de desenvolvimento sustentável

  
Por Hernán Sorhuet Gelós
  

Cada vez é mais difícil manter-se a par das principais questões que determinam a qualidade de vida das pessoas.

A complexidade da estrutura e funcionamento  da sociedade torna muito difícil compreender a dinâmica e a natureza dos fatos. Por isso, dificulta enormemente discutir e acordar sobre boas soluções para a maioria.

Não é casualidade que conceitos como governança e empoderamento estejam incorporados ao discurso, sabendo que a chave de tudo segue sendo a participação social. Na teoria, a situação é bastante clara, mas na verdade não é.          

As enormes assimetrias constatadas em todas as sociedades constituem-se em barreiras quase instransponíveis. Este é o grande desafio deste tempo.

Necessitamos contar com áreas de discussão e intercâmbio de informação e ideias inovadoras para repensar o conceito de desenvolvimento sustentável. Porque a prosperidade econômica que as conjunturas internacionais serviram em bandeja a nossos países nos últimos anos não serviram para reduzir as desigualdades sociais, nem para adotar um paradigma de desenvolvimento que se aproxime da ideia de sustentabilidade.

Como se isso não bastasse, continua a agravar-se a deterioração de todos os ecossistemas, responsáveis pela vida em todas suas formas e ciclos naturais essenciais para que ela prospere.

Falar de desenvolvimento sustentável significa a referência à utopia de construir uma sociedade com uma boa qualidade de vida para todos seus integrantes e respeitosa da natureza. Mas estamos muito longe disso.

Talvez uma das explicações de tamanho fracasso esteja na debilidade que apresenta a democratização da informação. Em tempos onde parece amadurecer saudavelmente a idéia da participação social,  governança e o empoderamento, ao mesmo tempo reduz-se o acesso à informação relevante, que é essencial para promover instâncias de distribuição de poder inovadoras entre amplos setores da sociedade.

Um dos principais meios com que a sociedade conta para democratizar a informação é o bom exercício de jornalismo. Seu alto impacto social obriga a tomá-lo seriamente.

Mas, como foi discutido no recente III Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental – único em seu gênero na América Latina -, é evidente que os meios massivos de comunicação têm muito trabalho pela frente.

Um ponto chave dessa transformação tem que ver com a atualização e capacitação dos jornalistas. É muito difícil oferecer ao público informação relevante, clara e precisa se o comunicador não compreende bem o tema que trata. Hoje, qualquer assunto deve ser abordado de forma abrangente e holística. Do contrário, será apenas uma visão fragmentada de uma realidade complexa. É preocupante a carência na formação dos profissionais.

É necessário reagir com rapidez para garantir que o jornalismo cumpra sua responsabilidade de informar o público.

  
             
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