Milhares de cicloativistas brasileiros têm reivindicado mais espaço, segurança e investimentos em infraestrutura. Em São Paulo há 154 quilômetros de faixas para bicicletas, sendo 48 quilômetros compostos por rotas com identificação de fluxo de ciclistas – insuficiente para uma cidade com déficit de meios de transporte. A situação é diversa em países como a Austrália, no qual um plano estratégico governamental tem incentivado a população a usar a bicicleta como meio de transporte. Entre 2000 e 2010, os australianos compraram mais de 11 milhões de bikes – contra os 9 milhões de veículos vendidos no mesmo período – de acordo com o Australian Bureau of Statistics. Há uma bicicleta para cada dois habitantes da Austrália. A análise compõe o estudo Pedal Power, destaque do LS:N Global (LifeStyle News Network) – portal internacional da The Future Laboratory. No Brasil, o portal é parceiro exclusivo da Voltage, agência produtora de insights aplicáveis ao negócio.
Segundo Paulo Al-Assal, diretor-geral da Voltage, a análise do estudo Pedal Power ilustra a importância de uma cultura plural e democratizada. “Antes da definição do plano estratégico do governo, o ciclismo era visto como uma prática da esquerda ambiental; um passatempo das famílias; um esporte. Hoje, após uma década de investimentos efetivos, o ciclismo é associado a um método de locomoção entre as cidades da Austrália”, avalia Al-Assal, um dos principais especialistas de tendências do Brasil. O impacto desse novo life style tem reflexos na economia por meio do surgimento de produtos e serviços para atender o consumidor ciclista. A marca streetwear Perks lançou uma coleção inteiramente voltada para dar conforto aos ciclistas – calças com cortes especiais (afuniladas nos tornozelos para evitar a fricção contra a bicicleta); modelos com velcro ou elásticos. Designers da marca Ky Starcevich criaram guidões de bicicleta de madeira. “Trata-se do surgimento de novas atividades comerciais em torno desse new ciclismo”, afirma Al-Assal.
Com o compromisso de tornar o ciclismo uma escolha tão atraente como caminhar ou usar o transporte público, governos como o de Sydney iniciaram a construção de uma rede de ciclovias urbanas para interligar cidades. Embora a conclusão da rede esteja prevista para 2017, as ciclovias já construídas passaram a influenciar o varejo local, contribuindo para a expansão da atividade comercial nas cidades de Bourke Street, Surry Hills e Sydney. Com o constante trânsito de bikes, surgiram novos restaurantes e butiques para ciclistas.
Os turistas também estão “descobrindo” o Pedal Power na Austrália. Na plana Melbourne – onde é possível, inclusive, alugar bicicletas vintage – o governo financiou a publicação do Guia do Ciclista Casual, com o objetivo de auxiliar os turistas que desejam conhecer a cidade em duas rodas.
Voltage
Criada em 2005, a Voltage nasceu da ideia de “energizar” as marcas. O ponto de partida foi a crença de que para conferir energia às marcas é necessário entender profundamente os indivíduos, para inspirá-los. Com uma equipe multi e transdisciplinar, a Voltage é uma agência produtora de Human Insights e Tendências aplicados aos negócios e às estratégias dos clientes. Por meio de metodologias próprias, parcerias internacionais e uma visão acadêmica, busca compreender profundamente o mundo em que vivemos, as mudanças culturais na sociedade contemporânea e os condutores que irão moldar o comportamento das pessoas. Mais que isso, a Voltage transforma esse entendimento em inspiração e orientação para as empresas, com foco na aplicabilidade desse conhecimento para a inovação.
Há sete anos no mercado nacional, a Voltage monitora constantemente a cadeia de difusão da inovação para criar articulação e interação capazes de produzir conteúdos diferenciados e inspiradores, gerando insights originais. Comandada por Paulo Al-Assal, a Voltage desenvolveu projetos e gerou insights aplicáveis ao negócio de empresas como Unilever, Kraft Foods, Nivea, Diageo, Cyrela, Carrefour, Telefonica, O Boticário, GM, Pão de Açúcar, Philips, Pepsico, Johnson&Johnson, Net, Walmart, Leroy Merlin, SC Johnson, Itaú, Óticas Carol, Africa, GAD, Ana Couto Branding & Design, Moma Propaganda e QG, entre outras.
Principais núcleos de atuação
Fator Humano - Esse núcleo é baseado na metodologia proprietária Conexões Culturais, que se divide em três pilares – INSPIRAÇÃO, INTERAÇÃO e REFLEXÃO; desenvolve pesquisas customizadas de comportamento humano e insights. Entre os principais produtos estão projetos customizados para posicionamento de marca, geração de ideias para novos produtos e serviços, conceito de comunicação, testes de conceito de produto, serviço e comunicação; além de workshop de inovação e de estratégia de marca.
Voltage Ville - Um dos diferenciais da metodologia Voltage, a Voltage Ville é uma rede exclusiva composta por pessoas criadoras e disseminadoras de tendências, que permite monitorar comportamentos emergentes a serem disseminados pela cadeia de influência. Entre os principais produtos estão: painel de inovação e cocriação com influenciadores; workshops Voltage Ville para teste de produtos, embalagens e inovação e para a geração e cocriação de ideias.
Trends - Núcleo que estuda e detecta tendências de mercado e comportamentais; em Trends, a Voltage mantém parcerias com a agência inglesa The Future Laboratory, além de contar com articuladores e colaboradores nacionais. Periodicamente lança relatórios globais e locais de tendências de comportamento e de mercado. Entre os produtos estão LS:N (portal de consumer insights, inovação e trends em parceria com a The Future Laboratory), Market Reports (consumo, varejo, design, packaging, Food etc) e Behavior Trend Report.