Por Fabiano Ãvila - Instituto CarbonoBrasil Segundo os pesquisadores, vinculados a diversas instituições como as Universidades de Pequim e de Copenhague e ao Centro de Oceanografia Nacional do Reino Unido, para cada 1C de aumento nas temperaturas médias globais, a frequência de grandes tempestades no Atlântico pelo menos dobrará. Assim, se as projeções do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) estiverem corretas, e o planeta aquecer entre 2ºC a 6ºC até 2100, poderemos presenciar um furacão do porte do Katrina, de categoria 5 segundo a escala Saffir-Simpson, a cada dois anos.
Um dos autores, Aslak Grinsted, afirmou que dado o aquecimento já registrado durante o século XX a frequência de “Katrinas” já teria dobrado. Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram dados desde 1923 e mediram as temperaturas quando ocorreram as tempestades que formaram os furacões. Depois, usando modelos computacionais, projetaram a frequência para essas tempestades em um futuro mais quente.
Estudos anteriores, incluindo avalizados pelas Nações Unidas, já afirmavam que o número e a intensidade de eventos climáticos extremos será maior em um mundo mais quente. Em 2012, a Organização Meteorológica Mundial registrou que a região do Atlântico experimentou um número de furacões e tempestades acima da média histórica pelo terceiro ano consecutivo. O maior destaque ficou com o Sandy, que, assim como o Katrina, causou centenas de mortes e bilhões em prejuízos.
Instituto CarbonoBrasil/EcoAgência
|