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Indígenas

Quarta-feira, 16 de Abril de 2014

 
     

Aldeias guarani gaúchas vão receber visitantes no dia 22

  

Iniciativa que marca a passagem do Dia do Índio, tem por finalidade mostrar à sociedade a sabedoria e o modo de viver das comunidades indígenas Annhetenguá, de Porto Alegre, e Itapoty, em Riozinho (a 104 km da capital do RS).

  

IECAM    


Por IECAM

Duas aldeias Guarani, integrantes do Projeto Ar, Água e Terra – Vida e Cultura Guarani, preparam atividades especiais para receber estudantes e visitantes no próximo dia 22. A iniciativa marcará as comemorações pelo Dia do Índio, festejado em 19 de abril, e também a chegada dos europeus às terras brasileiras em 1500. Na Tekoá (aldeia) Annhetenguá (Lugar da Verdade), localizada na Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, as atividades se iniciam às 14 horas. Os visitantes serão recebidos pelo cacique e terão a oportunidade de conviver com os índios, conhecendo suas crenças, cultura e culinária. Esta é uma das ações do projeto desenvolvido pelo IECAM – Instituto de Estudos Culturais e Ambientais, com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental.

A programação prevê ainda apresentação do coral da comunidade e uma caminhada na trilha ecológica. No local, residem 20 famílias e está localizado o primeiro viveiro de mudas de aldeia Guarani no Brasil. Já na Tekoá (Aldeia) Itapoty (Flor da Pedra), em Riozinho, no Vale do Paranhana, está previsto um dia inteiro de atividades. O número de participantes é limitado. As inscrições podem ser feitas pelo fone 51 9919 5010 ou pelo email denisewolf@iecam.org.br.

Segundo Denise Wolf, bióloga e presidente do IECAM, que coordena o Projeto Ar, Água e Terra – Vida e Cultura Guarani, as datas alusivas contribuem para atrair a atenção da sociedade sobre as nações indígenas. No Rio Grande do Sul, conforme o Censo do IBGE (2010), vivem 32,8 mil índios. “É comum ouvir que os índios estão aculturados. Estas visitas mostrarão que, independente do uso de vestuário convencional ou de tecnologia, os índios seguem seus rituais religiosos e, mesmo com todas as dificuldades, mantêm, ainda hoje, suas tradições, língua e culinária”, explica a gestora.

Desde 2010, foram plantadas 21.606 mudas de 90 espécies da flora, das quais 35 estavam em risco de extinção nas aldeias indígenas. A área de reconversão produtiva alcançou 12,78 hectares, a recuperação de áreas degradadas 39,13 hectares e a conservação de florestas atingiu mais de 3 mil hectares - 97,11% da área total das aldeias. Muitos Guarani trabalham como monitores no manejo das mudas e sementes.

- “Meu trabalho é cuidar a muda. Essa muda eu trato como o filho meu (sic). Eu tenho que amar como filho meu também”, explicou Ariel Gonçalves, cuidador indígena e morador da Tekoá Annhetenguá.

O Censo de 2010 registrou 896,9 mil indígenas no Brasil, 36,2% em área urbana e 63,8% na área rural. O total inclui os 817,9 mil indígenas declarados, de acordo com aspectos como tradições, costumes, cultura e antepassados; 43 mil índios guarani-kaiowá; 305 etnias e 505 terras indígenas, que representam 12,5% do território nacional.


Instituto de Estudos Culturais e Ambientais (IECAM)- EcoAgência

  
  
  
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