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Ciência e Pesquisa

Quinta-feira, 02 de Agosto de 2012

 
     

Projeto proíbe uso de animais em pesquisas se houver sofrimento

  

Proibição vale para estudos relacionados à produção de cosméticos, perfumes, produtos para higiene pessoal, limpeza doméstica, lavagem de roupas, de suprimentos de escritório, de protetores solares, além de vitaminas e suplementos.

  


Por Agência Câmara de Notícias

Está em análise na Câmara o Projeto de Lei 2905/11, do deputado Roberto De Lucena (PV-SP), que proíbe o uso de animais em pesquisas quando eles forem submetidos a algum tipo de sofrimento físico ou psicológico. A proibição vale para estudos relacionados à produção de cosméticos, perfumes, produtos para higiene pessoal, limpeza doméstica, lavagem de roupas, de suprimentos de escritório, de protetores solares, além de vitaminas e suplementos.

Atualmente a Lei dos Crimes Ambientais (9.605/98), que define punições para quem praticar atividade lesiva ao meio ambiente, criminaliza apenas a realização de experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. Pelo projeto, quem não cumprir a determinação ficará sujeito às penalidades previstas na lei de crimes ambientais. No caso de provocar o sofrimento de animais durante pesquisa, a pessoa poderá pegar de três meses a um ano de prisão, além de ser multada.

Declaração Universal - O autor do projeto lembra que a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, estabelecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco) em 1978, prevê que experimentos que causem sofrimento físico ou psicológico violam os direitos dos animais e que métodos alternativos devem ser desenvolvidos e sistematicamente implementados.

"O ideal seria dispormos de técnicas alternativas ao uso de animais em toda atividade de ensino e pesquisa. A cura para muitas doenças depende de pesquisas médicas que utilizam animais e não podem ainda ser realizadas por métodos alternativos. Mas o que dizer, entretanto, de pesquisas relacionadas, por exemplo, à produção de cosméticos? Cosméticos não são produtos essenciais para a vida e a saúde humana. Não há, neste caso, nenhuma justificativa para tolerarmos o sofrimento de milhares de animais", disse o parlamentar.

Tramitação - A proposição tramita em conjunto com o PL 4548/98 e outras oito propostas, que estão prontas para serem votadas em Plenário.

 

Agência Câmara de Notícias/EcoAgência

  
  
  Comentários
  
Karina - 05/08/12 - 16:18
Acho que cabe ressaltar que, na prática, a Lei de Crimes Ambientais (9.605/98) não penaliza a realização de experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existem recursos alternativos. Infelizmente, é algo que fica só no papel, na teoria. Acho que ainda há uma resistência muito grande por parte de educadores e pesquisadores a investir em métodos substitutivos ao uso de animais no ensino e na ciência. A experimentação em animais, além de ser antiética e causar muito sofrimento a seres sencientes que não têm a opção de escolha, não é tão confiável e eficiente quanto se pensa. Vários profissionais, como médicos e cientistas, já questionam e apontam os problemas dessa metodologia e incentivam sua substituição por métodos mais eficientes e confiáveis, como cultivo de células in vitro, uso de softwares, entre outros. Deixo abaixo um link com uma matéria interessante sobre o assunto: http://www.anda.jor.br/06/06/2011/medicos-britanicos-emitem-alerta-contra-os-testes-em-animais Embora realmente admire e parabenize a iniciativa do deputado Roberto de Lucena, que está tentando ao menos reduzir a quantidade de animais torturados em laboratórios, não concordo quando ele diz que "a cura para muitas doenças DEPENDE de pesquisas médicas que utilizam animais e não podem ainda ser realizadas por métodos alternativos". No ensino já é sabido que a experimentação poderia cessar imediatamente. Em relação à pesquisa, a mudança não seria de uma hora pra outra, mas poderia avançar cada vez mais, desde que houvesse investimento e implementação de técnicas substitutivas que Jà ESTÃO DISPONÃVEIS e que, a médio/longo prazo, seriam até mais econômicas. Isso sem falar na quantidade de experimentos que são realizados e que não têm a menor utilidade. Para quem desconhece a informação, acho importante informar também que há empresas de cosméticos no Brasil que NÃO TESTAM seus produtos em animais e algumas inclusive não usam sequer ingredientes de origem animal. Como exemplo, poderia citar Phytoervas, Farmaervas e Surya (xampus, condicionadores, hidratantes, etc.). Parabéns ao deputado Roberto de Lucena pela iniciativa e à Ecoagência pelas ótimas matérias.
  
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