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Mineração

Quarta-feira, 17 de Abril de 2013

 
     

Atingidos pela Vale denunciam impactos causados pela mineradora

  

Encerrando as atividades do 4º Encontro, que também realizou debates com comunidades afetadas, a Articulação realizará nesta quinta e sexta-feira um intercâmbio entre comunidades afetadas pela mineradora de diferentes regiões do país.

  


Por Tatiana Félix - Adital

Nesta quarta-feira (17), a Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale reuniu representantes de comunidades impactadas pela mineradora transnacional Vale, do Brasil e do exterior, para denunciar violações e reivindicar direitos, no ato "Assim não Vale”. A ação aconteceu nesta manhã em frente à sede da companhia, no Centro do Rio de Janeiro (RJ), aproveitando a realização de uma Assembleia de Acionistas da mineradora.

Além de impactados e impactadas de diversas regiões do Brasil, também participaram do ato pessoas afetadas pela Vale em Moçambique, Canadá, Peru, Colômbia, Bolívia e África do Sul. De acordo com a pesquisadora da Justiça Global, Melisanda Trentin, este ato faz parte do 4º Encontro Internacional dos Atingidos pela Vale, promovido pela Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale, que surgiu em 2009. O objetivo é reunir os afetados de diversas formas pela mineradora para realizar ações de denúncia e dar visibilidade aos inúmeros impactos provocados pela empresa.

Na lista de denúncias estão violações de comunidades afetadas diretamente por projetos de exploração de minérios que afetam a saúde dos moradores, imposição de mudança no modo de vida local, violações trabalhistas pelas condições precárias de trabalho perigoso, entre outras.

Um dos casos em evidência nos últimos tempos é o da Estrada de Ferro Carajás, no Maranhão, projeto do qual as comunidades afetadas pedem a interrupção. "A Vale chega nas comunidades com a promessa de desenvolvimento e riqueza, mas na verdade o que acontece é impacto no meio ambiente, deslocamento de populações para a exploração de minérios. A companhia impõe outro modelo de desenvolvimento para as comunidades”, ressalta.

Melisanda explicou que alguns representantes do movimento também participam da assembleia de acionistas da Vale para expor os danos que a empresa causa às comunidades em seus projetos, que muitas vezes são desconhecidos pelos acionistas. "É uma atuação difícil porque os acionistas estão mais preocupados com os lucros da empresa. Na reunião eles apresentam mais os relatórios de estratégias de marketing, de sustentabilidade, mas nós mostramos os impactos também”, relatou, dizendo que a cada assembleia conseguem aumentar o número de representantes.

Ainda nesta tarde aconteceu o debate "A Luta contra as corporações na atual fase do capitalismo: a Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale”, com universitários da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O evento teve a participação de pesquisadores e ativistas, como o ex-vice-ministro do Meio Ambiente do Peru, Jose de Echave. Após o debate, está previsto o lançamento da segunda edição da revista "Não Vale”.

Encerrando as atividades do 4º Encontro, que também realizou debates com comunidades afetadas, a Articulação realizará nesta quinta e sexta-feira um intercâmbio entre comunidades afetadas pela mineradora de diferentes regiões do país. Segundo Gláucia Marinho, assessora da Justiça Global, o ato "Assim não Vale” foi realizado junto ao Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), no marco da luta pela reforma agrária.

Vale

Até 1997, a Vale era uma mineradora pública brasileira, mas neste ano a companhia foi privatizada, se transformando, em 2007, em uma transnacional. Atualmente a Vale está presente em mais de 30 países.

Adital/EcoAgência

  
  
  
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