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Energia

Quarta-feira, 22 de Janeiro de 2014

 
     

Investimentos em energia limpa caem 12% em 2013

  

 Pelo segundo ano consecutivo, os investimentos globais em renováveis sofrem recuo; a falta de confiança nas políticas para o setor seria uma das causas, mas boa parte da redução se deve ao barateamento dos custos

  


Por Fabiano Ãvila, Instituto CarbonoBrasil

A Bloomberg New Energy Finance (BNEF) divulgou no último dia 15 que em 2013 foram investidos globalmente US$ 254 bilhões em energias limpas e tecnologias inteligentes (smart technologies – como redes inteligentes, veículos elétricos e baterias), uma queda de 12% com relação ao valor de 2012, US$ 288,9 bilhões, e bem abaixo do recorde registrado em 2011, US$ 317,9 bilhões.
 
Os investimentos em energia eólica passaram de US$ 80,9 bilhões em 2012 para US$ 80,3 bilhões no ano passado. Já a solar sofreu uma redução maior, de US$ 142,9 bilhões para US$ 114,7 bilhões.
 
A situação dos biocombustíveis é pior, pois quedas vêm sendo registradas há vários anos. Em 2013, foram investidos US$ 4,9 bilhões, bem menos do que os US$ 6,6 bilhões de 2012, e uma quantia muito menor do que a vista em 2007, quando foram destinados para o setor mais de US$ 20 bilhões.
 
A Europa aparece como o grande fator para a redução nos investimentos em energias limpas, com uma queda de 41%. No ano passado, foram aportados apenas US$ 57,8 bilhões, bem abaixo dos US$ 97,8 bilhões de 2012.
 
A retração se explica pelo aumento da austeridade na economia da União Europeia, com países como Alemanha, Itália e França diminuindo suas políticas de subsídios e dando sinais de incerteza sobre o futuro dos incentivos públicos para as energias renováveis.
 
O Brasil também se destaca negativamente, com os investimentos caindo de US$ 7,1 bilhões em 2012 para US$ 3,4 bilhões no ano passado. 
 
Apesar de terem quedas menores, mesmo Estados Unidos e China registraram redução nos investimentos. No caso dos chineses, foi a primeira vez na década que isso aconteceu, com os valores passando de US$ 63,8 bilhões em 2012 para US$ 61,3 bilhões no ano passado, queda de 3,8%. Já nos EUA a retração foi de 8,4%, de US$ 53 bilhões para US$ 48,4 bilhões.
 
Porém, Michael Liebreich, presidente da BNEF, argumenta que os números não mostram o quadro completo, já que a redução dos investimentos é em parte explicada pela diminuição nos custos das tecnologias.
 
“Um segundo ano sucessivo de queda nos investimentos chega como uma notícia ruim para o setor de energias limpas, mas essa não é toda a história. Os investimentos na Europa caíram drasticamente, mas boa parte disso se deve ao menor custo para a instalação solar, tecnologia cujo volume cresceu 20% em todo o mundo no ano passado, um novo recorde”, explicou Liebreich.
 
“Além disso, fora da Europa o cenário é diverso, com alguns países registrando crescimento ou apenas pequenas reduções nos investimentos, sendo que o Japão é o líder absoluto de aumento”, completou.
 
Não é novidade que os japoneses estão investindo fortemente em energias limpas, principalmente devido à decisão de paralisar a geração através das usinas nucleares após o desastre de Fukushima.
 
Os investimentos em energias limpas no país subiram 55% em 2013, chegando a US$ 35,4 bilhões, com uma expansão grande principalmente na microgeração solar.  
 
Apesar da queda dos investimentos brasileiros, a América Latina como um todo está apostando mais em energias limpas. Países como Chile, México e Uruguai ultrapassaram a marca de US$ 1 bilhão destinados para as renováveis.
 
Grandes projetos na região estão ficando mais comuns. Recentemente, o governo chileno anunciou o início da construção da maior usina de concentração solar da América Latina, com uma capacidade instalada de 110MW,  e a Bolívia acaba de inaugurar seu primeiro parque eólico. 
 
 
Carbono Brasil - EcoAgência

  
  
  
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