Pedro Scherer Neto diz que sempre gostou de observar aves, mas começou a se dedicar à pesquisa e à conservação quando ingressou no Museu de História Natural Capão da Imbuia, situado num bosque remanescente de floresta com araucária na região urbana de Curitiba, em 1976. Foi o biólogo Roberto Ribas Lange, um dos fundadores da Associação de Defesa e Educação Ambiental (ADEA), em 1972, que levou Pedro para organizar a coleção ornitológica do Museu.
Engenheiro agrônomo de formação, acabou recebendo do Conselho Regional de Biologia o título de “Biólogo Honorário” por conta de seu reconhecido trabalho com as aves. É pioneiro nas pesquisas contemporâneas em ornitologia no Paraná e responsável pela primeira lista de aves do seu estado - publicada em 1980 e atualizada até hoje. Seus estudos contribuíram com inúmeras iniciativas públicas e privadas de conservação e manejo de aves em todo o Brasil.
Scherer Neto conta que no fim dos anos 1970 não existiam leis de proteção ambiental, mas ele fazia parte de um grupo de ambientalistas que tentava mudar a mentalidade das pessoas. “Se você não conhece, não sabe como preservar”, destaca.
Naturalista nato, o ornitólogo afirma que é preciso ter um ambiente protegido para manter as aves e todas as outras espécies. Segundo ressalta, é preciso recordar que elas possuem valor por si só.
Com o passar dos anos, vivenciou a substituição de florestas e vegetação nativas no Paraná por campos para pecuária e agricultura e luta hoje para não perdermos mais nada do que restou. Confira a entrevista na íntegra em: https://youtu.be/4xY6F7qOFyw.
Esta série de entrevistas é uma iniciativa é da EcoAgência de Notícia Ambientais, com o apoio do Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ-RS) e o Grupo de Pesquisa Jornalismo Ambiental (GPJA) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Conheça outros ambientalistas da Região no Sul por meio da página da EcoAgência no YouTube. Inscreva-se no canal e para receber as notificações dos próximos capítulos da série.
