Um manifesto, divulgado pelos técnicos do quadro da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM), de Porto Alegre, denuncia que, uma parcela considerável dos danos e prejuízos causados à população, no temporal do último dia 29 de janeiro, poderia ser evitada, caso o órgão dispusesse das condições mínimas necessárias para desenvolver ações programadas de manutenção preventiva da arborização da cidade.
Durante o referido temporal, foram arrancadas mais de três mil árvores na cidade, causando um enorme transtorno para a população. Em grande parte, os fatos ocorreram, segundo eles, devido a falta de ações preventivas por parte da prefeitura nos últimos anos.
De acordo com os técnicos, "Os fatos observados nos últimos dias também evidenciam o quanto o processo de sucateamento do órgão ambiental do Município de Porto Alegre pode se refletir negativamente na capacidade de resposta da cidade frente a situações de eventos climáticos adversos, os quais, sabidamente, deverão se intensificar com o avanço do fenômeno do aquecimento global".
Segundo eles, enquanto os serviços ambientais prestados pelo Município à população continuarem a ser relegados a planos inferiores de prioridade pela Administração Municipal, os títulos pretendidos de Cidade melhor arborizada e Cidade Resiliente ficam gravemente comprometidos.
E complementam que situações emergenciais como a experimentada no último dia 29, se repetirão a cada novo evento climático, sem que a Prefeitura consiga dar uma resposta ágil e tecnicamente eficiente à população porto-alegrense.