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Biodiversidade

Sexta-feira, 20 de Dezembro de 2013

 
     

Nova espécie de anta da Amazônia

  

Animal é a quinta espécie do gênero e a primeira a ser identificada em 150 anos. A “pretinha”, como a nova espécie ficou conhecida, há tempos é caçada por índios e outros moradores da região da Amazônia

  

© COZZUOL, M. A. ET AL.jiiji    
Animal é a quinta espécie do gênero e a primeira a ser identificada em 150 anos


Por Rodrigo de Oliveira Andrade - Edição 214 da Revista Pesquisa Fapesp

Uma espécie de anta há muito conhecida pelas comunidades ribeirinhas e indígenas de Rondônia e Amazonas foi agora descrita por pesquisadores em um estudo publicado dia 17 na revista Journal of Mammalogy. A Tapirus kabomani, como foi batizada, é a quinta espécie do gênero e a primeira a ser identificada em 150 anos. O animal até então era considerada uma variação da Tapirus terrestris, maior mamífero terrestre da América do Sul, com 2 metros de comprimento e 300 quilos (kg).
 
Sob coordenação do paleontólogo Mário Alberto Cozzuol e do biólogo Fabrício Rodrigues dos Santos, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os pesquisadores analisaram amostras de tecidos e do crânio do animal, fornecidos pelos índios Karitiana e outros moradores da região, que há décadas caçam o bicho.
 
Apesar das semelhanças, a T. kabomani é bastante diferente da anta comum — é menor, com um peso 200 kg menor e pelagem mais escura. Segundo Cozzuol, diferentemente da espécie mais comum, a Tapirus kabomani parece preferir áreas abertas junto às florestais nos estados de Rondônia, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e na Amazônia colombiana. “Há relatos da ocorrência desse animal na Amazônia do Peru e da Bolívia, assim como é possível que ocorra em toda a Amazônia”, conta o paleontólogo.
 
A distribuição e o hábitat específico da nova espécie ainda serão estudados. “Ainda não é possível dizer o número de indivíduos dessa nova espécie no Brasil porque os estudos estão apenas começando”, diz Cozzuol. “Por isso precisamos avaliar se ela corre algum risco de extinção, já que sua distribuição parece ser mais restrita que a da anta comum por causa da agricultura, do desmatamento e de grandes obras de infraestrutura”, diz.
 
As antas são importantes para a manutenção dos ecossistemas em que vivem por agirem como dispersores de sementes, auxiliando na preservação das espécies vegetais. Elas servem de alimento para grandes predadores, como as onças-pintadas, e também para as populações nativas.
Revista Pesquisa Fapesp - EcoAgência

  
  
  
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