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Povos indígenas

Terça-feira, 15 de Junho de 2021

 
     

Comunidades originárias dependem de doações para sobreviver no RS

  

A campanha há um ano e meio arrecada: roupas (adultas e infantis) e alimentos, principalmente feijão, lentilha, arroz, farinha de milho, farinha de trigo, farinha de mandioca, leite e açúcar

  

Mbyá Guarani    
Casa em bioconstrução, Maquiné: madeira, barro, garrafas de vidro e telhado de taquara


Por Eliege Fante - especial para a EcoAgência

Há poucos dias foi realizada a trigésima terceira (33ª) ação de solidariedade à Retomada Indígena de Maquiné/RS: aldeia Tekoà Ka Aguy Porá (Mata Sagrada). O grupo que organiza a coleta de doações e essa distribuição na aldeia, justifica a mobilização desde o início da pandemia, seja pelo “descaso e inexistência de uma política de assistência social nas três esferas de poder (federal, estadual e municipal)” seja porque os indígenas não podem vender artesanato, principal fonte de renda, devido isolamento social. A campanha há um ano e meio arrecada: roupas (adultas e infantis) e alimentos, principalmente feijão, lentilha, arroz, farinha de milho, farinha de trigo, farinha de mandioca, leite e açúcar. São 15 famílias com 37 crianças.

A aldeia em Maquiné é uma das retomadas indígenas no Rio Grande do Sul. Localiza-se na área onde os governos gaúchos construíram a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e, em 2018, o Governo Sartori (MDB) a extinguiu. As demais retomadas também requerem apoios e doações, como a do povo Xokleng em São Francisco de Paula e a do povo Kaingang em Canela. Estas duas retomadas encontram-se, cada uma, nas Unidades de Conservação (UC’s) federais ameaçadas de privatização pelo atual governo, as chamadas Flona ou Floresta Nacional. A EcoAgência também abordou o interesse do governo estadual em promover a privatização das UC’s gaúchas aqui, ao mostrar as prioridades e diretrizes de uso público do Parque Estadual de Itapuã, elaboradas pelo Conselho da UC. Uma área que, assim como a da Fepagro, também já tinha um pertencimento antes da chegada do homem branco, e a demarcação é aguardada desde 2015.   
 

Para se informar e colaborar com doações:

Retomada em Maquiné

Retomada em Canela

Retomada em São Francisco de Paula

Retomada Ponta do Arado em Porto Alegre

Retomada no Lami em Porto Alegre

 

 

Leia também:

Os sentidos da água e dos recursos a partir das retomadas indígenas

Cacique Xokleng: economia com a natureza e re-existências possíveis

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EcoAgência

  
  
  
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