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Política Ambiental

Quarta-feira, 29 de Setembro de 2021

 
     

Especialistas contestam as propostas de desmantelamento das leis ambientais

  

A Nota Técnica conclui que a lista de retrocessos enviadas ao Ministério da Economia são uma ameaça às políticas públicas em andamento e na contramão dos desafios atuais como a mudança do clima

  


Por Carolina Schäffer - Apremavi

Mais de 60 especialistas, que atuam na proteção do Meio Ambiente de norte a sul do país, assinam Nota Técnica (NT) contrária às recomendações enviadas pelo Ministério da Economia (ME) ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), através do Ofício SEI nº 123719/2021/ME, propondo o desmantelamento da legislação ambiental.

As propostas contidas no Ofício, descabidas sob todos os aspectos, representam séria ameaça às políticas públicas de Estado já estabelecidas e, se inadvertidamente implantadas, irão gerar um enorme custo social e ambiental, algo absolutamente incompatível com os desafios civilizatórios contemporâneos.

O tal “guia” do ME para flexibilizar regras ambientais, solicita análise e manifestação do MMA sobre diversos temas relacionados à legislação ambiental que, supostamente, estariam afetando o “Custo Brasil”, estimado, segundo o ME, em R$ 1.5 trilhão, equivalente a 22% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o ano de 2019.

A série de retrocessos inclui:

  • Emissão automática, por decurso de prazo, de licenças ambientais, quando houver demora na análise de pedidos;
  • Revogação de regras que dificultam o desmatamento da vegetação nativa;
  • Aumento de área para desmatamento de vegetação da Mata Atlântica sem necessidade de anuência do Ibama;
  • Extinção da lista do CONAMA que define atividades em que se exige o Estudo Impacto Ambiental (EIA) ou o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA);
  • Alteração no Mapa de Biomas do (IBGE) para que todas as áreas com características de cerrado sejam definidas como Bioma Cerrado, medida que pode gerar aumento de desmatamento na Amazônia e na Mata Atlântica;
  • Dispensa de licenciamento para explorar rejeitos e resíduos de mineração;
  • Fim da necessidade de consulta ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para licenciamento ambiental de empreendimentos agrossilvipastoris consolidados, com atividade preexistente a 22 de julho de 2008.

Segundo a NT, as propostas do Ministério da Economia, comandado pelo Ministro Paulo Guedes, estão de acordo com a política de “passar a boiada” do governo Bolsonaro, para promover o desmonte da legislação e das instituições responsáveis pelo meio ambiente do país.

 

 

 

Apremavi - EcoAgência

  
  
  
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