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Cidadania Ambiental

Quinta-feira, 24 de Maio de 2012

 
     

Porto Alegre: ato denuncia tentativa de privatização do Largo Glênio Peres

  

A ocupação do Largo Glênio Peres, em Porto Alegre, passou a ser regida por lei do Executivo, aprovada em dezembro de 2011.

  


Por Eliege Fante - EcoAgência Solidária de Notícias Ambientais

O grupo Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta Favela provocou um levante do povo no início da tarde de hoje (24/05) no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre. O espetáculo “Futebol, nossa paixão: pra falar sobre política, futebol e religião” questionou os visitantes da Festa da Biodiversidade e os passantes daquele espaço público sobre as consequências da realização da Copa do Mundo em 2014 já sofridas pela população de todo o Brasil. Além de desalojar, ou remover vilas inteiras, como dizem os próprios prefeitos e governadores, Rodrigo Brizolla enfatizou a implantação do estado de exceção no território brasileiro. “Precisamos acordar, quem nos garante que após a Copa sairemos do estado de exceção, que garantias temos sobre os nossos direitos?”, perguntou ao microfone.

Além dos artistas, membros das bancas da Festa da Biodiversidade – como da Feira Estadual da Economia Solidária - denunciaram que a prefeitura de Porto Alegre quase impediu a realização do evento. “Todo ano é uma peleia para conseguir autorização para ocupar este espaço que é público. Está havendo a privatização dos espaços públicos e nós estamos aqui para mostrar que queremos que estes espaços sejam preservados,” disse Fernando Costa da ONG ambientalista Amigos da Terra Brasil. Ele alertou que a retirada deste espaço de diálogo e de trocas atende ao desejo do capital de homogeneização local e ambiental dos territórios. Por exemplo, a invasão do eucalipto, do pinus e da acácia no Bioma Pampa, em detrimento da sua biodiversidade, e nas cidades, a captura pelas corporações das prefeituras, como a de Porto Alegre, para a construção de chafarizes nas praças – assim como está acontecendo no Largo Glênio Peres.

A ocupação do Largo Glênio Peres passou a ser regida por lei do Executivo, aprovada em dezembro de 2011, que determina que “shows artísticos, espetáculos e eventos culturais que façam uso de palco e sonorização ficarão limitados a dois eventos mensais, com duração de no máximo um dia cada um”. E também determina que artistas de rua poderão utilizar o Largo Glênio Peres, “desde que devidamente autorizados pelo Executivo Municipal por intermédio de seus órgãos competentes, vedada a utilização de som amplificado”. Somente a Feira do Peixe tem a realização permitida pela nova lei.

 

Ecoagência Solidária de Notícias Ambientais

  
  
  
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