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Biodiversidade

Segunda-feira, 20 de Maio de 2013

 
     

Acontece hoje em Porto Alegre grande manifestação contra o corte autorizado de 115 árvores

  

O responsável pela pasta ambiental do município durante o licenciamento para a ampliação da via é um dos investigados pela Polícia Federal, através da Operação Concutare 

  

Eduíno Mattos    
Ãrvores do entorno da Usina do Gasômetro estão sendo ocupadas e adotadas


Por Redação da EcoAgência

A decisão do Tribunal de Justiça do Estado do RS, referente ao julgamento da liminar que suspendeu o corte de 115 árvores com vistas à aguardada consolidação do Parque Gasômetro, em Porto Alegre, decepcionou grande parte da população. As entidades ambientalistas afirmam que a permissão concedida na última quinta, dia 16, foi licenciada ilegalmente quando a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAM), tinha como o responsável pela pasta Luís  Fernando Záchia, um dos 18 presos (e já libertados) durante a Operação Concutare, da Polícia Federal, devido a suspeita de participação em um esquema de corrupção na emissão de licenças ambientais. 

"Em nome de interesses privados, a Prefeitura promete massacrar os 115 'vegetais', substituindo-os por asfalto. A Prefeitura Fortunati se recusa a apresentar alternativas ao projeto e promete recomeçar os cortes o quanto antes. Além da perda ambiental, a obra vem retirar da população um espaço de encontro e convivência, dificultando a circulação de pedestres," afirmam em nota Agapan, Amigos da Gonçalo de Carvalho, Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (APEDeMA), Centro de Estudos Ambientais, Coágulo Criações - coletivo de cultura, Comitê Latino-Americano, Corações que Batem nas Árvores, Defesa Pública da Alegria, Ocupa Árvores - acampamento de resistência, PoA em Movimento.

A falsa solução apresentada pela Prefeitura para resolver os congestionamentos na área do Gasômetro – por meio da ampliação da via dentro das obras da Copa do Mundo 2014 -também é criticada: "frente aos inúmeros pareceres de urbanistas que afirmam o quanto a duplicação da via é uma estratégia equivocada, percebe-se que a obra é ligada diretamente aos interesses das construtoras e da indústria automobilística e não à vontade e necessidade popular". Além da intenção do Prefeito, José Fortunati, de viabilizar o GP Porto Alegre Mercosul  da Fórmula Indy. Em 2011, segundo um blog do jornal Correio do Povo,  ele recebeu "diversas comitivas da Indycar e chegou a assinar um termo de intenções com o governo do Estado e a categoria". Caberia ao município conseguir "patrocínios na casa dos R$ 30 milhões para pagar a Fórmula Indy", e construir a área aos boxes coletivos, fazer a recapagem da pista, construir as arquibancadas e toda a estrutura de proteção aos espectadores. Por último, lembra que o Executivo deveria tentar alterar a lei vigente desde 1968, que proíbe as corridas de rua na capital gaúcha, devido mortes ocorridas na época. 
 
Hoje, às 18h, os ambientalistas e os apoiadores partirão do Paço Municipal ao Gasômetro, na orla da capital, protestando contra a decisão da derrubada das 115 árvores. Ainda há esperança de reverter a decisão também porque o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP/RS) garantiu, na última sexta-feira, que haverá recurso por parte do órgão contra a decisão do Tribunal de Justiça do RS que liberou o corte no entorno do Gasômetro para a ampliação da avenida Edvaldo Pereira Paiva, ou Beira-Rio. Dessa reunião participaram a vereadora Sofia Cavedon (PT), os integrantes do movimento ambientalista de Porto Alegre e o MP/RS através do Procurador-Geral de Justiça interino, José Barrôco de Vasconcellos e da promotora Josiane Camejo. 
 
EcoAgência

  
  
  Comentários
  
soraya - 20/05/13 - 16:33
por que a ideia de reverter é só mediante ganho na justiça? Não, as árvores não sairão do caminho desta obra inútil porque a comunidade não deixará. e será uma decisão política do governo de acatar o desejo popular.
letiene dos santos - 21/05/13 - 08:30
ESTOU EM CAMPINA GRANDE PARAÃBA IRMANADO NA LUTA EM DEFESA DAS 115 ÃRVORES DA CAPITAL GAÚCHA.
Aldo M. - 25/05/13 - 18:45
Além dos 30 milhões de gastos oficiais para trazer a Fórmula Indy para Porto Alegre, Fortunati está literalmente construindo o circuito com rubrica para obras da Copa. Assim livra a Indycar de qualquer responsabilidade pelo corte de árvores. Aliás, esses eventos já geram por si só uma grande emissão de gás carbônico que precisa ser "compensada", normalmente com a plantação de milhares de árvores em algum lugar do mundo.
  
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Autorizada a reprodução, citando-se a fonte.
 
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