Untitled Document
Bom dia, 29 de mar
Untitled Document
Untitled Document
  
EcoAgência > Notícia
   
Indígenas

Segunda-feira, 15 de Outubro de 2012

 
     

Coordenação de Mulheres da Caoi vai investigar efeitos das atividades extrativas nas indígenas

  

A investigação começa hoje e segue até novembro. O primeiro país a ser analisado é a Colômbia e na sequência Equador, Peru e Bolívia.

  


Por Natasha Pitts - Adital

Nesta segunda-feira (15), a Coordenadora Andina de Organizações Indígenas – Caoi começa uma investigação sobre o impacto das atividades extrativas, nos quatro países andinos (Bolívia, Colômbia, Equador e Peru), sobre os direitos das mulheres indígenas. A intenção é documentar um caso emblemático em cada país, dando enfoque à territorialidade. O trabalho resultará em um relatório que deverá ser apresentado a instâncias internacionais de proteção dos direitos humanos.

A Coordenação de Mulheres da Caoi, responsável pelo trabalho, buscou focar nos direitos das mulheres com base no fato de que as indígenas, por sua condição social, política, cultural e de gênero, formam um grupo muito vulnerável. Já a incidência na territorialidade se deu, pois esta característica é forte nos indígenas. É do território que vem sua identidade e consciência do direito à livre determinação.

A investigação começa hoje e segue até novembro. O primeiro país a ser analisado é a Colômbia e na sequência Equador, Peru e Bolívia. Durante a investigação, as organizações integrantes da Caoi vão identificar os impedimentos à efetivação da proteção, garantia e respeito dos direitos fundamentais das mulheres indígenas.

Os casos específicos relacionados aos impactos das atividades extrativas nas áreas indígenas vão identificar cinco características básicas: o direito à saúde; à alimentação; o acesso e manejo dos bens naturais e do território; o direito a uma vida sem violência de gênero e a proteção de conhecimentos ancestrais.

Na Colômbia, o caso emblemático escolhido foi de Riosucio, em Caldas. Neste local, a empresa multinacional minera Gran Colombia Gold está provocando tensão pela ameaça de realocação do povo Marmato por conta da exploração a céu aberto. No Equador, a organização vai investigar o caso de Quimsacocha, em Cuenca, onde as reclamações pelo direito à água como bem comum geraram a criminalização dos/as manifestantes, que chegaram a ser sentenciados na Corte de Justiça.

No Peru, será investigado o caso de exploração mineira a céu aberto em Cerro de Pasco e Junín, onde a exploração mineira afetou a terra prejudicando a agricultura e vulnerando o direito à saúde e ao território. Na Bolívia, o caso selecionado foi o do território ancestral Suyu Suras (Oruro) onde as mulheres e o território estão sendo afetados pela mineração a céu aberto praticada pela mineradora ‘Lago Poopo’. A atividade está contaminando o lago, que era fonte de alimentos, deixando a terra árida e afetando a criação de gado.

Para mais informações, acesse: http://www.coordinadoracaoi.org

Adital/EcoAgência

  
  
  
Untitled Document
Autorizada a reprodução, citando-se a fonte.
 
Mais Lidas
  
Untitled Document
 
 
 
  
  
  Untitled Document
 
 
Portal do Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul - Todos os Direitos reservados - 2008