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Recursos Hídricos

Sexta-feira, 16 de Agosto de 2013

 
     

Acordo tenta evitar que a poluição na Bacia do Rio Doce seja irreversível

  

De acordo com o presidente do IBIO, Eduardo Figueiredo, a ideia é aumentar a oferta de água, usando o potencial ambiental das propriedades rurais.

  


Por Dani Klein - Ibio

A devastação já acabou com 90% da cobertura vegetal, muitas nascentes estão desprotegidas, a região está repleta de ocupações irregulares, onde é comum o lançamento de lixo às margens do rio e esgoto sem tratamento. Erosão e assoreamento, desertificação, eutrofização das lagoas são sinais de socorro da Bacia do Doce, que abriga o maior complexo siderúrgico da América Latina em Minas Gerais e é o maior manancial do Espírito Santo, fundamental para produção de café e fruta.

Mais de quatro milhões de pessoas vivem nessa Bacia, que corta os dois estados do sudeste, e que vai unir os dois Governos Estaduais, por meio de um protocolo de compromisso assinado junto a sua Agência de Águas, o IBIO, no dia 24 de agosto, no Espírito Santo. O documento que oficializa a cooperação mútua entre ES e MG, para revitalização da Bacia, dará base para a elaboração de Planos de Negócios Territoriais focados em aumentar a disponibilidade de água, via recuperação ambiental e promoção do desenvolvimento tecnológico e econômico das cadeias produtivas da região.

De acordo com o presidente do IBIO, Eduardo Figueiredo, a ideia é aumentar a oferta de água, usando o potencial ambiental das propriedades rurais. “Com o apoio do poder público dos dois lados da Bacia do Doce, vamos mapear com detalhamento os problemas e vocações e, assim, encontrar soluções. Por exemplo, se temos um déficit hídrico na área X, mas notamos que acima dessa região tem propriedades rurais que podem prestar serviços ambientais, como o de recuperação de mata ciliar para evitar assoreamento, vamos investir nos instrumentos para implementar essa solução”, explica.

Figueiredo ressalta ainda que a Bacia está no limite para MG e ES virarem esse jogo, pois o cenário será irreversível se continuar assim até 2030. “Sem a certeza de água disponível para os empreendimentos, toda a Bacia ficou economicamente estagnada e os problemas sociais se agravam a cada dia. Água é fator de desenvolvimento territorial e o caminho de gestão é o do comum acordo. Sem esse protocolo estávamos diante de um potencial conflito interestadual, com ele temos a esperança de governança com participação social e abertura para capacitação tecnológica”.

Alguns números da Bacia do Rio Doce: 83 mil km2 (86% em MG e 14% no ES); 230 Municípios (204 em MG e 26 no ES); 4 milhões de habitantes; 10 comitês de Bacia.

Quem é o IBIO?

Em 2011 o IBIO foi instituído como Agência de Água da Bacia do Rio Doce. É uma instituição sem fins lucrativos, fundada em 2002 , que atua na gestão integrada do território e na gestão de ativos territoriais.

Ibio/EcoAgência

  
  
  
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