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Quinta-feira, 21 de Junho de 2012

 
     

Saneamento básico: questão de saúde e valorização da população brasileira

  

Apenas 40% do país tem saneamento básico, enquanto que 0,02% do orçamento nacional foi destinado à area em 2011.

  

Danielle Sibonis/EcoAgência    
Imperatriz registra aproximadamente 90% dos casos da doença hanseníase no Estado do Maranhão


Por Danielle Sibonis, especial para EcoAgência de Notícias

Direito da população e dever do poder público - "Políticas públicas de saneamento básico com ênfase em esgoto a céu aberto" foi um dos temas de debate desta quinta-feira (21), na Cúpula dos Povos, na cidade do Rio de Janeiro.  

Rubeny Brígita Albado, bióloga e professora do curso técnico de Meio Ambiente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFMA) em Imperatriz, no Maranhão, falou sobre a situação local e nacional em relação ao saneamento básico. Para a bióloga, a questão no Brasil é bastante precária: "o país está desassistido porque os políticos dizem que obras  que não são vistas, que estão enterradas, não dão votos." Segundo dados do IBGE, apenas 40% do país tem saneamento básico, enquanto que 0,02% do orçamento nacional foi destinado à area em 2011.

No estado do Maranhão, Imperatriz é a segunda maior cidade. Nos últimos anos, com o crescimento desgovernado, o desenvolvimento sustentável foi deixado para trás. As habitações insalubres proliferaram e as doenças também. Prova disso é que o estado tem o maior índice de hanseníase do Brasil, e a cidade de Imperatriz, com cerca de 250 mil habitantes, registra aproximadamente 90% dos casos da doença. Apenas 18% da população da cidade tem acesso à saneamento.

Além da hanseníase, dezenas de outras doenças são provocadas devido à falta de esgoto, entre elas, cólera, desinteria, leptospirose e verminoses. Para a Rubeny Albado, além das doenças, o esgoto jogado in natura nos riachos e rios afeta a pesca, a cadeia alimentar e "traz outros problemas como a baixa estima dos cidadãos que moram nestas áreas e perdem a alegria, a mobilidade, a vontade de trabalhar, o que traz o subdesenvolvimento das regiões que eles se encontram".

Educar para a mudança
"A polulação cresce, o desenvolvimento econômico e social está acontecendo, mas as obras de infraestrutura não vêm acompanhando este desenvolvimento", lamenta Wesley Aristarco, estudante do Instituto Federal do Meio Ambiente que também participou do encontro. Se as obras públicas não contemplam da forma devida à população, cabe à sociedade civil pressionar o poder público, exigindo um planejamento ambiental voltado para os resíduos. 

Eduardo Sipião, também estudante do IFMA, defende que a educação é tão importante quanto a mobilização. "O governo não faz a parte dele, mas mesmo se fizesse é necessário a conscientização porque se não tivermos educação, nós poluiríamos eles novamente."

Ecoagência Solidária de Notícias Ambientais

  
  
  
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