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Mudanças Climáticas

Quinta-feira, 09 de Janeiro de 2014

 
     

Intensidade dos temporais no Brasil aumentou nos últimos 50 anos

  

Tendência é que nas próximas décadas chova até 20% mais nas regiões Sul e Sudeste do país, as mais afetadas por enchentes. Sistema de previsão melhorou, mas ocupação urbana desordenada é a maior causa de tragédias.

  


Por Deutsche Welle

A frequência de chuvas intensas aumentou nos últimos 50 anos em todo o sudeste da América do Sul, que inclui as regiões Sudeste e Sul do Brasil. "E as previsões e modelos para o futuro mostram que a tendência é seguir aumentando", aponta José Antônio Marengo Orsini, chefe do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Mozar de Araújo Salvador, meteorologista da Coordenadoria Geral de Desenvolvimento e Pesquisa do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), observou o mesmo fenômeno a partir de medições feitas na região metropolitana de São Paulo. Segundo ele, o número de dias chuvosos continua o mesmo, mas as chuvas caem com mais força.

Cientistas que pesquisam as mudanças climáticas preveêm ainda um leve aumento nas temperaturas das regiões Sul e Sudeste, e calculam que, entre 2041 e 2070, deva chover de 15% a 20% mais nessa área. Até o fim do século, o clima deve estar cerca de três graus mais quente e de 25% a 30% mais chuvoso, apontou em 2013 o primeiro Relatório de Avaliação Nacional do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

Dimensões do desastre

Com o início da temporada de chuvas na região Sudeste, o risco de enchentes é iminente. No estado do Espírito Santo, 24 pessoas morreram, duas seguem desaparecidas, e os moradores ainda tentam voltar às suas casas depois que as chuvas bateram recordes históricos. No pico da enchente, 50 mil pessoas tiveram que deixar suas residências.

Na capital Vitória choveu 746 milímetros em dezembro – 720 milímetros a mais do que no último mês de 2012. Dados do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) apontam que foi o mês mais chuvoso desde que começaram a ser feitas medições pluviométricas, em 1924.

No interior, as anomalias registradas pelo sistema de Defesa Civil do Estado foram ainda maiores: em Baixo Guandu, por exemplo, uma das cidades mais afetadas, a média histórica de chuvas para dezembro é 194 milímetros, conforme dados registrados ente 1931 e 2008. A enchente foi provocada pelo acumulo de 760 milímetros de chuva em dezembro de 2013.

Leia o restante da reportagem da DW

 

 

Deutsche Welle, parceira da EcoAgência de Notícias

  
  
  
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