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Alimentação

Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021

 
     

Contra Mobilização dos Povos denuncia a captura corporativa da Cúpula de Sistemas Alimentares

  

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) foi um das mais de 300 organizações da socieade civil que participaram. O objetivo foi  construir uma agenda para Sistemas Alimentares mais saudáveis e sustentáveis na América Latina e no Brasil

  


Por Idec*

A Cúpula de Sistemas Alimentares 2021, que vai acontecer entre 20 e 23 de setembro, durante a semana de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas, mobiliza as organizações da sociedade civil desde o primeiro semestre. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), entre outras, decidiram não participar formalmente da Pré-Cúpula de Sistemas Alimentares, que aconteceu em julho, em Roma, após denunciar a captura corporativa pelo agronegócio. E, também pelo desrespeito à autodeterminação para a definição da representação da sociedade civil e a falta de transparência nos critérios de escolha e diversidade no comitê científico da Cúpula.

Em paralelo, realizaram a primeira Contra Mobilização dos Povos para Transformar os Sistemas Alimentares Corporativos. Cerca de 300 organizações da sociedade civil de todo o mundo se uniram para discutir como enfrentar os modelos de produção e consumo de alimentos dominados por grandes corporações da indústria alimentícia e do agronegócio. Campesinos, pequenos produtores, povos indígenas e tradicionais, consumidores e gestores públicos participaram da ampla programação que incluiu: falsas soluções tecnológicas, ameaças da agricultura industrial contra a biodiversidade e os direitos humanos, as lutas populares e resistências regionais, conflitos de interesse nos Sistemas Alimentares, consumo saudável e sustentável, direitos territoriais, tradicionalidades, entre outros.

Segundo a coordenadora do programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec, Janine Coutinho, o objetivo da Contra Mobilização foi construir uma agenda para Sistemas Alimentares mais saudáveis e sustentáveis na América Latina e no Brasil. “Mais de 19 milhões de brasileiros enfrentam a fome todos os dias. É um cenário crítico que está embasado nas crises política, econômica e sanitária que o Brasil vive, e na forma em que os alimentos estão sendo produzidos, processados, comercializados e consumidos”, afirmou.

Janine disse que é preciso fortalecer os esforços para promover e defender o Guia Alimentar para a População Brasileira, defender a rotulagem de alimentos, denunciar os perigos do consumo de agrotóxicos e ultraprocessados e construir caminhos para combater a sindemia global caracterizada pela desnutrição, obesidade e mudanças climáticas.

O manifesto da Contra Mobilização traz o posicionamento das entidades da América Latina para a mobilização global. “O modelo em que vivemos está esgotado e busca desesperadamente se renovar e resolver os graves problemas de sustentabilidade e injustiça. Buscam soluções que não resolvem os problemas, mas que acalmem os protestos sociais”, pontuou Sofía Monsalve, da FIAN International (Food First Information and Action Network) e integrante do Mecanismo da Sociedade Civil e dos Povos Indígenas para as relações com o Comitê das Nações Unidas sobre Segurança Alimentar Mundial.

Diálogos nacionais

O governo brasileiro, por sua vez, realizou diálogos nacionais. As informações e, as três videoconferências realizadas em maio deste ano, estão disponíveis aqui. A partir desses encontros virtuais, o governo deverá compilar as conclusões e enviar à ONU para contribuir com a Cúpula de Sistemas Alimentares 2021.

 

 

* Com edição da EcoAgência.

 

 

EcoAgência

  
  
  
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