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Mudanças Climáticas

Segunda-feira, 23 de Agosto de 2021

 
     

Agricultura familiar regenerativa é uma das soluções diante da emergência

  

Curso presencial, em setembro, vai abordar a gestão holística e a alfabetização ecológica no meio rural

  


Por Eliege Fante - especial para a EcoAgência

A emergência climática, a partir do aumento da temperatura na atmosfera em 1,1o C e, 1,6o C sobre os continentes, conforme o Sexto Relatório de Avaliação do Grupo 1 do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado no início deste mês, bem como os impactos decorrentes dos efeitos da mudança do clima, como o aumento da frequência e intensidade dos fenômenos naturais extremos (chuvaradas, ondas de calor, secas, ciclones, furacões) nos provoca a repensar paradigmas. No Brasil, a principal causa de emissão de gases de efeito estufa está associada ao agronegócio, através do desmatamento (44%) e da agropecuária (28%).  

Para o doutor em Desenvolvimento Comunitário, ativista socioambiental, educador e consultor em planejamento de propriedades rurais, Eurico Vianna, uma agricultura familiar regenerativa representa uma das práticas possíveis diante deste quadro. Para implementá-la, explica, é preciso haver a compreensão de duas funções. A primeira, de que o ser humano pode desempenhar o mesmo papel que as demais espécies da biodiversidade no planeta, que é transformar o ambiente ainda melhor com a sua existência, o que significa aproveitar os recursos de modo eficiente.

A segunda é reconstituir a função de paisagem exercendo um papel regenerador. “Ao produzir, quatro pilares devem funcionar juntos para expressarmos essa função: o alimento cultivado precisa capturar a luz do sol da melhor maneira possível, nossas ações devem restaurar os ciclos hidrológicos nos níveis macro e micro, o alimento deve ser cultivado num solo saudável favorecendo a digestão da planta e, num lugar onde cada vez mais seres possam existir. Assim estou me regenerando e regenerando o planeta,” disse.

Esta proposta será desenvolvida no curso “Gestão holística de propriedades rurais e alfabetização ecológica”, que Vianna vai ministrar entre 11 e 12 de setembro de 2021, no sítio Quinta dos Tarumãs, em Porto Alegre. Também será compartilhada uma forma de tomar decisões que parte de uma base holística e complexificada. Segundo o ministrante, é possível tomar decisões contemplando as dimensões ambientais, sociais e econômicas ao mesmo tempo, reconhecendo a importância de cada uma delas e em conjunto.

“Para uma tomada de decisão holística, descrevemos como queremos viver nessas três dimensões e passamos por um filtro respondendo algumas questões para que possamos desempenhar um trabalho para um futuro com mais biodiversidade, mais tempo livre para ter cultura e ter a viabilidade econômica necessária. Dessa forma, o morar não está ligado a indústria da mineração e dos petroquímicos, produzir alimento não está ligado à indústria do petróleo e dos petroquímicos, e onde o viver não é dependente do entretenimento porque é autônomo ao produzir cultura na prática,” disse Vianna. As informações sobre o curso podem ser obtidas por meio do telefone: 51 993706300.

 

 

 

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