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Mudanças Climáticas

Quarta-feira, 09 de Janeiro de 2013

 
     

Fórum Econômico Mundial alerta que riscos climáticos são ameaça crescente

  

John Drzik, diretor executivo do Fórum Econômico Mundial, pediu que os criadores de políticas tomem medidas urgentes para combater os riscos ambientais e econômicos e sua relação.

  


Por Jéssica Lipinski - Instituto CarbonoBrasil

O Fórum Econômico Mundial lançou nesta terça-feira (8) um relatório baseado em uma pesquisa de mais de 1000 especialistas da indústria, governos e academia que analisa 50 riscos globais em termos de impactos, probabilidade e interconexões. O Relatório Riscos Globais 2013 aponta que as condições financeiras difíceis, aliadas com os frequentes eventos climáticos extremos, representam uma combinação “cada vez mais perigosa” para a economia global.

De um modo geral, a oitava edição do documento sugere que o mundo corre cada vez mais risco à medida que os impasses econômicos enfraquecem a capacidade de se enfrentar os desafios ambientais. O relatório ressalta que a grande diferença de renda, seguida pelos desequilíbrios fiscais, são os dois maiores riscos globais, mas o aumento das emissões de gases do efeito estufa aparece logo em seguida, como o 3º maior risco geral.

Rainer Egloff, da seguradora Swiss Re, declarou ao BusinessGreen que as mudanças climáticas também contribuem para outros riscos identificados pelos participantes da pesquisa, como preocupações com a oferta de alimentos e água e riscos relacionados à saúde. “O estresse contínuo do sistema econômico global está posicionado para absorver a atenção dos líderes no futuro próximo. Enquanto isso, o sistema ambiental da Terra está simultaneamente ficando sob crescente estresse. Os futuros choques simultâneos de ambos os sistemas podem desencadear a ‘tempestade global perfeita’, com consequências potencialmente insuperáveis”, afirma o texto.

“Na frente econômica, a resiliência global está sendo testada por políticas fiscais austeras. Na frente ambiental, a resiliência da Terra está sendo testada pelo aumento das temperaturas globais e eventos climáticos extremos que provavelmente se tornarão mais frequentes e severos. Um colapso grande e repentino em uma frente certamente prejudica a chance da outra de desenvolver uma solução efetiva e em longo prazo”, acrescenta. Para lidar com esse impasse, John Drzik, diretor executivo do Fórum Econômico Mundial, pediu que os criadores de políticas tomem medidas urgentes para combater os riscos ambientais e econômicos e sua relação.

“Duas tempestades – ambiental e econômica – estão a caminho de uma colisão. Se não alocarmos os recursos necessários para mitigar o crescente risco de eventos climáticos severos, a prosperidade global para futuras gerações pode ser ameaçada. Líderes políticos, líderes empresariais e cientistas precisam se unir para administrar esses riscos complexos”, comentou Drzik.

No entanto, Egloff chamou a atenção para a dificuldade de fazer com que criadores de políticas e empresas se comprometam com riscos climáticos. “O relatório argumenta que temos evidências das mudanças climáticas e a necessidade urgente de investir no combate ao problema, mas também temos problemas econômicos urgentes que estão absorvendo a atenção dos líderes políticos”, observou. “Estamos vendo a tomada de decisões frequentemente ir em outra direção e como resultado há um grande risco de que a decisão de agir sobre as mudanças climáticas seja adiada”, concluiu.

Instituto CarbonoBrasil/EcoAgência

  
  
  
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