Lamentável a forma com que as autoridades do município vêm tratando a questão ambiental em Alegrete, em especial o histórico Rio Ibirapuitã, onde muitos banhavam-se em suas águas límpidas e cristalinas, hoje não passa de um grande coletor de esgoto. A Estação de Tratamento de Esgoto, uma obra tão festejada, construída pela Corsan com o dinheiro do povo, é um elefante branco, onde não se trata nem 1% do esgoto produzido na cidade. A rede de esgoto de Alegrete é da década de 30, realizada pelo então prefeito Oswaldo Aranha.
O município recebeu dinheiro pra tratar os recursos sólidos. O dinheiro sumiu e o lixão continua abandonado e queimado a céu aberto. Os catadores informais continuam se virando como podem, sem apoio nenhum das autoridades do município. A coleta seletiva não passa de uma piada.
No município, o Plano de Arborização não sai do papel. Plantam-se árvores indiscriminadamente, sem o mínimo critério. A poda radial é uma prática comum em Alegrete. As árvores, como não têm plano de saúde, adoecem e, agonizantes, morrem.
Os caminhões do frigorífico passam pelo centro da cidade despejando resíduos fétidos e insalubres, causando a proliferação de carrapatos e mosca-do-chifre, de forma irresponsável, deixando um rastro de doenças na população.
As autoridades ditas competentes, a Fepam, um órgão estadual que deveria ser fiscalizador, é omissa. E os vereadores?! Não tão nem aí! Fingem e disfarçam em seu palácio de luxo (os bem pagos da Vasco Alves com dinheiro público). E a Secretaria do meio Ambiente ta pouco se lixando com os problemas da população, tratando a mesma com desdém e desrespeito.
Mas até quando, José, vamos ser mané?
Jânio Alberto Lima é ambientalista da WW Brasil